Blumenau foi palco de uma manifestação contra a LGBTfobia na manhã deste sábado (5). O ato é uma resposta aos cartazes preconceituosos colocados no Parque Ramiro Ruediger durante o piquenique organizado pelo movimento Mães do Amor, que luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+.
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Os manifestantes se reuniram em frente à prefeitura e por volta do meio-dia saíram em caminhada ao parque na Rua Alberto Stein. Os participantes levavam nas mãos cartazes com mensagens como “Deus é amor” e “Se o meu amor incomoda, o problema é você”.
Um faixa grande também foi colocada na Ponte de Ferro com a frase “Existimos e resistimos”.
Rodrigo Sartoti, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SC, esteve na manifestação. Nas redes sociais, ele publicou uma foto com bandeira colorida — símbolo do movimento — e escreveu: “Em Blumenau, na luta contra o racismo, o racismo e LGBTfobia.
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A origem do protesto
A ONG Mães do Amor em Defesa da Diversidade tinha marcado para 15 de junho um piquenique no Parque Ramiro Ruediger aberto a comunidade com o tema “Jesus é amor”. O objetivo era fazer ainda uma roda de conversa sobre o “O Amor Vence a LGBTfobia”, com o teólogo Tuco Egg.
Porém, ao chegarem ao local, se depararam com placas de papel fixadas nos canteiros dizendo que nem todos são filhos de Deus e que “aliás, existem aqueles que são filhes do diabo”. O material trazia ainda trecho bíblico apontando que “os homossexuais não herdarão o reino de Deus”.
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O caso foi registrado na polícia para investigação e o vereador Bruno Cunha pediu que as imagens das câmeras de segurança do local sejam divulgadas para identificar quem colocou o material no parque.
Passados 11 dias do episódio, vereadores de Blumenau rejeitaram um projeto de lei que tornaria impossível a contratação de servidores públicos comissionados condenados por racismo ou injúria racial, o que inclui a homofobia. A proposta era de Bruno Cunha.
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— É realmente surreal a Câmara tomar esse posicionamento — lamentou o parlamentar.
Embora os cartazes tenha sido o estopim para a manifestação, o grupo também pontua retrocessos de legislação contra a população LGBTQIA+ e a necessidade de cessar ataques à comunidade.
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