Com a implantação da nova Área Azul na terça-feira (8), Blumenau se tornou a cidade com o estacionamento rotativo mais caro do Estado. O levantamento feito pelo NSC Total considerou os oito maiores municípios catarinenses, todos com mais de 200 mil habitantes. A média entre os que possuem o sistema é de R$ 2,50 a hora. Em Blumenau, os primeiros 60 minutos custam ao motorista R$ 3,25. O fato, porém, não é motivo de desconforto para a prefeitura, que explica o que está por trás do valor.

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O secretário de Trânsito e Transportes de Blumenau, Alexandro Fernandes, conta que na hora de planejar o novo sistema do estacionamento rotativo não foi feita uma pesquisa aprofundada dos valores aplicados em outros pontos do Estado. A equipe buscou apenas reunir o que de mais moderno havia no mercado e isso teve um custo: R$ 5,6 milhões, no caso do contrato de um ano com o consórcio Bluparking, responsável pelo serviço no município.

— Nós demoramos a modernizar a Área Azul, mas agora temos um bom produto, um dos melhores do país, por um valor razoável — defende o secretário.

Alexandro argumenta também que o preço anterior da hora estacionada — R$ 1,50 para carros — era o mesmo desde 2011. Considerando a inflação acumulada, o valor já chegaria perto dos R$ 3, diz. Ter fixado em R$ 3,25 os primeiros 60 minutos não foi um aumento tão considerável, acredita. Já a segunda hora custa ao condutor R$ 4,25, pois a intenção é incentivar o menor tempo de uso possível, para que realmente haja rotatividade nas mais de 1,8 mil vagas atuais — o número passará de 2,5 mil em um futuro próximo.

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No modelo adotado, a prefeitura pode rescindir o contrato se a empresa não entregar o que foi estabelecido. A ideia é que a arrecadação pague os R$ 5,6 milhões e, em caso de “sobra”, que o dinheiro seja usado para investir no transporte coletivo. Se o contrário acontecer, ou seja, se o governo tiver prejuízo, haverá necessidade de repensar a Área Azul.

O novo sistema conta com as 15 monitoras que já atuavam na secretaria, outros 10 novos terceirizados, sensores no solo, carro com videomonitoramento que inspeciona os automóveis irregulares, parquímetros, aplicativo, site, pontos físicos de venda de tickets — que ainda estão sendo cadastrados — e tecnologia que permite o funcionamento offline e em dias de chuva. Antes, a fiscalização não ocorria quando o tempo fechava, já que era feito exclusivamente de forma manual pelas trabalhadoras.

Valor da Área Azul em outras cidades

Florianópolis possuía um sistema no Centro parecido com o de Blumenau, mas sem a possibilidade de fração das horas. Porém, o contrato foi suspenso em junho deste ano. A volta das tarifas deve ocorrer apenas após o fechamento do novo contrato, que não teve a data prevista informada pela prefeitura até a publicação deste texto. Quando tinha, a capital cobrava R$ 2 por hora de estacionamento.

Na cidade mais populosa de Santa Catarina, Joinville, a Área Azul é gratuita. O motorista só precisa respeitar o tempo máximo de permanência de duas horas, correndo o risco de ser multado por um dos agentes de trânsito.

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Veja o passo a passo de como usar a Área Azul em Blumenau

São José também possuía o serviço, mas assim como a vizinha Florianópolis, suspendeu a cobrança em outubro do ano passado após a empresa responsável não prestar contas.

Itajaí conta com parquímetros e pagamento virtual, mas sem sensores. A cobrança é de R$ 2,50 por hora estacionada, mesmo preço aplicado em Criciúma e Chapecó. A cidade do Oeste, no entanto, não conta com parquímetros, mas tem aplicativo.

Os preços da Área Azul por SC

Cidade	Preço por hora
Joinville	Não tem/gratuito
Florianópolis	Não tem/serviço suspenso
Blumenau	R$ 3,25 a primeira e R$ 4,25 a segunda hora
São José	Não tem/serviço suspenso
Itajaí	R$ 2,50
Chapecó	R$ 2,50
Palhoça	Não tem
Criciúma	R$ 2,50