No dia 6 de maio, André e Alexandre perderam a vida nas ruas de Blumenau, um na Escola Agrícola e outro na Fortaleza. Uma semana depois, no dia 13, outro acidente fatal, desta vez envolvendo quatro jovens tirou a vida de Larissa, na Vila Nova. No dia 18, Victor Hugo, que estava internado em estado grave após o acidente, morreu no hospital. Passados 10 dias, Erenite não resistiu aos ferimentos de um grave acidente e morreu na hora, na Ponta Aguda. Outras quatro pessoas, vítimas de acidentes de trânsito, seguem internadas em estado grave.

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As cinco vidas perdidas no trânsito urbano representam o maior índice de mortes do últimos cinco anos no mês de maio em Blumenau. Só não é maior que as mortes registradas em 2011, quando oito pessoas perderam a vida neste período. Justamente no mês da campanha de conscientização no trânsito, o Maio Amarelo, a cidade lamenta as cinco mortes – número maior que o registrado nos quatro primeiros meses do ano, quando quatro pessoas morreram nas ruas da cidade.

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Segundo a presidente do Movimento Internacional Maio Amarelo em Santa Catarina, Márcia Pontes, se considerarmos o número de pessoas que sofrem sequelas por conta de acidentes o número pode ser ainda mais alarmante. Segundo Márcia, dados do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT) em 2014 apontam que Blumenau teve 64 mortes naquele ano, somando as mortes registradas nas rodovias, e outras 672 pessoas ficaram inválidas.

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– A minha grande luta é fazer o pessoal entender que a morte é expressão maior da gravidade do acidente de trânsito, mas a gente está esquecendo dos feridos, dos inválidos. Muitas vezes isso é acobertado para não mostrar a fragilidade – alerta.

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O que é ainda mais alarmante é o alto número de mortes veio logo após a Guarda de Trânsito de Blumenau registrar em abril, pela primeira vez em 11 anos, um mês sem mortes no perímetro urbano. A reportagem tentou contato com o atual diretor de Trânsito do Seterb, Tarcísio dos Santos, mas ele não foi localizado. O atual gerente de Trânsito do Seterb, José Luiz Piñeiro, foi procurado e preferiu não se pronunciar antes de analisar as estatísticas.