Os dados divulgados pela Secretaria de Saúde mostram que Blumenau passou dos 1 mil casos ativos de coronavírus nesta terça-feira (3). É a primeira vez que isso ocorre desde 23 de agosto, quando a pandemia já estava desacelerando na cidade após o pico registrado entre junho e julho. O número negativo é reflexo de um novo avanço da Covid-19 que começou na segunda quinzena de outubro e se consolida neste início de novembro no município.
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Na prática, são 1.028 pessoas diagnosticadas com o coronavírus e que seguem em tratamento — tanto internadas em hospitais, como em recuperação com sintomas brandos em casa. Esse índice é quatro vezes maior em relação ao cenário da pandemia em Blumenau no fim de setembro, quando a estabilização de casos e mortes — motivada principalmente por medidas restritivas — trouxe um contexto de certo “alívio” depois dos tempos delicados vividos entre julho e agosto, pico de óbitos.
Outro indicador que se destaca em meio a essa nova onda do coronavírus em Blumenau é a média móvel de novos casos. Esse número — considerado por especialistas o que melhor reflete a realidade de diagnósticos — atingiu a marca de 157,1, São praticamente quatro semanas consecutivas com alta, que começou discreta e disparou nos últimos 15 dias. Só para se ter ideia, desde sexta-feira (30/10), três dias registraram mais de 200 novos casos, mesmo em meio ao feriado.
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No gráfico que você confere abaixo ficam claros dois cenários: o primeiro pico da pandemia em Blumenau, atingido entre 25 e 30 de junho, e a tal “segunda onda”, que ganhou força na segunda quinzena de outubro.
Conforme os dados divulgados nesta terça-feira (3), dos 94 leitos de UTI à disposição em Blumenau, 24 estavam ocupados — ou seja, 26%. Em 24 de outubro, por exemplo, esse índice era de 14%, com apenas 13 pessoas hospitalizadas em condição grave. Ao todo, o município soma 162 mortes, 92,6% de pacientes recuperados e uma taxa de letalidade de 1,01%.
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