Blumenau, a cultura alemã e a Oktoberfest perderam nesta segunda-feira (11) a alegria o talento de Georg Kahrbeck, aos 92 anos. Conhecido pela presença de palco durante as apresentações dos Velhos Camaradas na maior festa alemã das Américas, o alemão radicado no Vale do Itajaí fez história. “Apesar da dor, não mereces que uma só palavra triste seja dita ao teu respeito”, escreveu Augusto Barg em uma publicação.
Continua depois da publicidade
A causa da morte não foi confirmada.
Receba notícias de Blumenau e região por WhatsApp
Nas redes sociais, tanto a página da Secretaria de Cultura e Relações Institucionais de Blumenau quanto a página oficial da Oktoberfest publicaram sobre a morte de Georg: “Aquele simpático senhor que dançava animadamente. Perdemos um pouco da alegria da nossa principal atração”.
Georg nasceu em Hamburgo, no Norte da Alemanha. Em entrevista ao então colunista Pancho, do NSC Total Blumenau, o alemão contou um pouco da história e como veio parar no Brasil, terra natal da mãe, em 1947. Os bombardeios sofridos pela família anos anteriores durante a Segunda Guerra Mundial e o sofrimento do pós-guerra foram determinantes para que a família Kahrbeck atravessasse o Atlântico.
Continua depois da publicidade
O imigrante passou pelo Rio de Janeiro, veio para Blumenau, trabalhou na Auto Viação Catarinense, foi para Belo Horizonte, voltou para Blumenau e chegou a ficar 30 anos na mesma empresa, a Artex, no Garcia.
Na arte, Georg participou de um grupo de teatro amador, integrou a orquestra do maestro Heinz Geyer e, até então, estava no Männerchor Liederkranz, do Centro Cultural 25 de Julho, responsável pelo Encontro dos Velhos Camaradas que é uma das atrações locais mais aguardadas da Oktoberfest Blumenau.
À época da entrevista concedida a Pancho, Georg disse não ter planos para o futuro: “Nessa idade temos que aproveitar o momento”, disse.
E como, Herr Kahrbeck.