O Conselho Municipal de Política Cultural de Blumenau é contra a venda ou a concessão do restaurante Frohsinn, no morro do Aipim. O grupo reivindica a transformação do lugar em espaço cultural e turístico, conforme explica a presidente do conselho, Jacqueline Bürger.

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Jornal de Santa Catarina – Por que o Conselho Municipal de Cultura se posicionou contra a venda?

Jacqueline Bürger – A ideia inicial era de que aquele lugar fosse da comunidade. Inicialmente até houve a ideia de se instalar lá uma biblioteca, fazer algo que fosse um espaço cultural. Acredito que é um absurdo um órgão municipal querer vender um imóvel que não é dele. O morro é um imóvel que foi doado para o município, não para prefeitura. Então, como pertence aos munícipes, o correto seria perguntar aos munícipes o que eles acham. Blumenau já é carente de espaços de lazer. Por que privatizar um espaço público?

Santa – O que acreditas ser necessário na discussão sobre o destino da área do Frohsinn?

Jacqueline – Um parecer de todos os conselhos que estão envolvidos. Teria que ser feito um chamamento público para ver o que a comunidade acha. Uma parte da história foi construída ali. E o próprio Frohsinn, como restaurante, marcou a cidade. Não tinha só a conotação de restaurante para você ir comer: tinha o mirante aberto, apresentações de grupos folclóricos, pratos típicos. Acreditamos que teria de funcionar como um espaço com atrativos culturais e desenvolvimento do turismo.

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Santa – Que opções o conselho considera como viáveis?

Jacqueline – Aderir ao Blumenau 2050 com elevador panorâmico, um museu contemporâneo e um espaço para caminhadas ecológicas. É o que gostaríamos que fosse realizado. Não faz sentido vender este espaço para iniciativa privada, tirar de um lugar para tampar buraco em outro. A explicação da prefeitura é usar o recurso para construir o Mercado Público ou outra coisa. Blumenau não merece isso.