A proximidade do verão, com o consequente aumento do calor, levou a prefeitura de Blumenau a traçar uma estratégia para atender pacientes com dengue. No começo de 2022 a cidade enfrentou um surto da doença e a Secretaria Municipal de Promoção da Saúde acredita que o cenário deve se repetir neste fim de ano e início de 2023.
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Entre as possibilidades cogitadas para encarar um novo surto está a de manter postos de saúde abertos mesmo no período de recesso da prefeitura entre Natal e Ano-Novo. Não se descarta também suspender atendimentos eletivos para priorizar a atenção das equipes aos casos de dengue, como aconteceu com a Covid-19, afirma o secretário Marcelo Lanzarin.
A abertura de um centro de hidratação também está no radar, para quando os pacientes necessitarem de soro na veia. Nesta quarta-feira (9), inclusive, ocorreu uma visita ao Hospital Universitário, no bairro Fortaleza, para analisar a viabilidade de instalar a estrutura no local, caso seja necessário.
— Temos um planejamento que identifica como nós vamos ativar, por fases, o atendimento na nossa rede conforme o aumento no número de casos — garante o gestor da pasta.
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O cenário já era preocupante em 2020, quando a cidade passou a ser classificada como infestada. No ano seguinte, Blumenau teve 31 casos de dengue, sendo a maioria deles importado. Agora em 2022, até 8 de novembro, o quadro tomou outra proporção. Ao todo, 10.505 pessoas tiveram a doença na cidade, das quais sete morreram.
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Cada um faz sua parte
Visitas de orientação nas casas, notificação de imóveis com água parada e até mutirões de limpeza em áreas com acúmulo de lixo fizeram parte do trabalho das equipes de combate à dengue no decorrer do ano. Mas sozinha a prefeitura não deve conseguir vencer a batalha, precisa de conscientização da comunidade para evitar criadouros do mosquito.
— Muitos ovos do Aedes aegypti depositados antes da chegada do inverno não eclodiram, mas estão contaminados, e agora com a mudança de temperatura devem começar a eclodir. Com isso acontece a transmissão da doença na cidade mais uma vez — explica Lanzarin.
A preocupação faz sentido quando se observa que a fêmea do Aedes Aegypti deposita em média 400 a 600 ovos durante a vida nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. Os ovos podem resistir no ambiente por mais de um ano.
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