No Dia Mundial de Combate à Corrupção, Blumenau lançou novos desafios para o próximo ano: a ideia é criar ferramentas que tornem a administração pública cada vez mais transparente e de fácil acesso ao cidadão. Uma das metas é transformar em lei o decreto municipal que regulamenta a Lei Federal 12.527, tornando obrigatório o acesso à informação.
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Transformando um decreto em lei, a intenção é proteger o documento, evitando que ele fique vulnerável a futuras decisões políticas. Ao total, foram firmadas 16 metas para o próximo ano. Entre elas, pretende-se implantar medidas para garantir o acesso à informação no Portal da Transparência de pessoas com deficiência, como conteúdo em áudio, por exemplo.
O prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) acredita que conforme as medidas de controle social forem sendo aperfeiçoadas, o trabalho do administrador público será facilitado:
– Quanto mais controle houver, menor a possibilidade de jeitinho. Essas ações são facilitadoras do trabalho do gestor – avaliou.
Recentemente a Controladoria Geral da União deu a Blumenau nota de 4,17 – em uma escala de zero a 10 – referente à qualidade do Portal da Transparência. Os critérios da avaliação são contestados pela prefeitura.
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Entrega de assinaturas ao MPF
Na ocasião, Bernardes também entregou ao Ministério Público Federal (MPF) 1,7 mil assinaturas que farão parte da campanha 10 Medidas Contra a Corrupção. A meta é coletar 1,5 milhão de assinaturas no país e até agora, a campanha já recebeu 800 mil adesões. Na avaliação da procuradora do MPF, Rafaela Alberici, assinar o documento pode ser considerado um ato de insatisfação do brasileiro frente ao momento vivido pelo país.
– A assinatura do documento representa um exercício da cidadania – cita.
Transparência, prevenção, eficiência e efetividade são os objetivos da proposta. As medidas buscam evitar a corrupção, através de prestação de contas, treinamentos e testes morais de servidores, ações de conscientização e proteção a quem denuncia a corrupção.
Também tem como objetivo criminalizar o enriquecimento ilícito, aumentar penas da corrupção, agilizar os processos penais e cíveis de crimes e atos de improbidade, fechar brechas da lei por onde criminosos escapam e criminalizar caixa dois e lavagem eleitorais. Confira aqui como participar do projeto de lei popular.