A partir de setembro, além de cotas pré-determinadas para enchentes, Blumenau também terá índices para enxurradas. O estudo começará em junho e será desenvolvido pelo Centro de Operações do Sistema de Alerta (Ceops) da Universidade Regional de Blumenau (Furb).

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O órgão está fazendo os estudos para as cotas de enchente, que serão finalizados em junho. Com a sobra de recursos e tempo, a unidade produzirá também o sistema para enxurradas.

O mapeamento ocorrerá em cinco bacias que interferem diretamente no Rio Itajaí-Açu, nos ribeirões da Velha, Itoupava, Garcia, Testo e Fortaleza.

As cotas de enxurrada serão feitas aproveitando as estações telemétricas instaladas. Com base em dados registrados pela réguas e sabendo a capacidade de cada ribeirão, o Ceops determinará que pontos da cidade são atingidos por alagamentos em relação ao volume e o período de duração da chuva.

– Chamamos a enxurrada de chuva rápida. Ela depende do tempo de chuva e do tamanho da bacia. Como os ribeirões são menores que o Itajaí-Açu, eles enchem mais rápido e causam alagamentos – relata o engenheiro hidrólogo Ademar Cordero, integrante do Ceops.

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Portanto, assim como ocorre com a cota de enchente, os moradores saberão em que nível a água precisa chegar para atingir a residência. Esta é a primeira vez que será feito um controle dos ribeirões. Antes, apenas o Itajaí-Açu era monitorado. A enchente de setembro de 2011, por exemplo, começou com o alagamentos nos bairros próximos aos ribeirões.

As nove réguas e os sistemas telemétricos que vão ser usados para os estudos de enxurradas atualmente possibilitam que as pessoas tenham acesso a informações do volume de chuva, velocidade dos ventos, umidade e temperatura por meio do site do Ceops.

Estes equipamentos somam-se às duas estações já existentes na cidade e a outras 13 em funcionamento na Bacia do Rio Itajaí-Açu. Os equipamentos foram instalados em dois pontos de cada ribeirão, sendo um deles mais próximo à foz. Os dados estão disponíveis no site do Ceops.