Todo o Vale do Itajaí continua no nível mais grave do chamado “risco potencial” do coronavírus, segundo dados do governo do Estado nesta quarta-feira (5). Esta é a quarta semana consecutiva que boa parte da região é avaliada desta maneira. A exceção está com o Alto Vale, que entrou para a classificação mais tarde, na última semana.
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Isso significa que cidades com o risco gravíssimo são orientadas pelo Estado a adotar medidas mais duras — que já estão em vigor — para evitar a rápida disseminação do vírus. Entre elas estão a suspensão por 14 dias de atividades com maior risco de transmissão, como o transporte coletivo.
Na semana passada havia 12 de 16 regiões do estado com a classificação. Nesta quarta o número caiu para oito. Em todo solo catarinenses são 95.410 casos confirmados até esta quarta e 1.306 mortes.
“Não podemos ter falsa sensação de melhora”, diz epidemiologista
Apesar da diminuição geral, é preciso ter cautela na interpretação dos números. A epidemiologista da Secretaria de Estado da Saúde, Maria Cristina Willemann, explica que na maioria das regiões que teve redução na classificação de risco, isso ocorreu porque houve diminuição de ocupação de UTIs. No entanto, muitas dessas desocupações ocorreram por causa de óbitos, o que mostra que a situação da doença no Estado ainda é muito grave.
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– Tem que haver muita cautela. Apesar de as regiões terem modificado risco de gravíssimo para grave, ainda estão muito perto do gravíssimo. Não podemos ter uma falsa sensação de que a situação melhorou, apesar de essa poder ser a primeira impressão. A gente não pode descuidar porque ainda está muito perto de piorar a situação – alerta a especialista.
Isolamento social e testagem seguem sendo dificuldades em SC
Dos quatro critérios prioritários que ajudam o Estado a montar o grau de risco de cada região, o isolamento social e a investigação, testagem e isolamento de casos são os que as regiões de SC enfrentam os piores cenários até aqui.
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No isolamento social, somente o Oeste e a região de Xanxerê estão no nível grave – todas as outras 14 regiões de Saúde enfrentam risco gravíssimo no quesito isolamento. Na análise de testagem e isolamento de casos, somente o Planalto Norte está na classificação grave – as outras 15 regiões são classificadas como gravíssimo.
Situação crítica no Vale
O Médio, Alto e as cidades do litoral do Vale registram o maior número de mortos por coronavírus em Santa Catarina. Foram 449 óbitos confirmados até esta quarta-feira, 34,4% do total de catarinenses, conforme levantamento estadual.
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As mais altas taxas de ocupação em UTIs também estão no Vale. No Médio e Alto Vale o índice é de 88,1% nos leitos adultos. Há 24 leitos regulares livres até o momento. Na Foz do Rio Itajaí (litoral), restam apenas três. A taxa geral está em 90,6%.
Coronavírus no Vale
Ainda de acordo com o governo do Estado, o número de infectados na região chegou a 30.460 nesta quarta. Os óbitos mais recentes são de moradores de Balneário Camboriú, Blumenau, Braço do Trombudo, Brusque, Gaspar, Itajaí, Itapema, Navegantes e Rio do Sul. Veja abaixo:
Balneário Camboriú
Mulher, 97 anos
Mulher, 83 anos
Homem, 81 anos
Homem, 64 anos, sem comorbidades registradas
Homem, 68 anos
Blumenau
Homem, 85 anos
Mulher, 73 anos
Homem, 69 anos, sem comorbidades registradas
Braço do Trombudo
Mulher, 88 anos
Brusque
Homem, 56 anos, sem comorbidades registradas
Mulher, 62 anos, sem comorbidades registradas
Gaspar
Homem, 73 anos, sem comorbidades registradas
Homem, 84 anos
Itajaí
Homem, 48 anos, sem comorbidades registradas
Itapema
Homem, 45 anos, sem comorbidades registradas
Mulher, 92 anos
Homem, 81 anos
Mulher, 47 anos
Navegantes
Mulher, 77 anos, sem comorbidades registradas
Rio do Sul
Homem, 66 anos