Blumenau desperta interesse de escolas que promovem formação e especialização para cervejeiros

Além de referência nacional na fabricação de cervejas artesanais, Blumenau tem despertado cada vez mais o interesse de instituições que promovem a profissionalização deste segmento.

Prova disso é a chegada de escolas e faculdades que oferecem formação técnica aos apreciadores da bebida e a quem vê oportunidades nesse mercado. Concentração de microcervejarias, festas como a Oktoberfest e o Festival da Cerveja e o título – ainda que informal – de capital nacional da cerveja são alguns fatores apontados pelas instituição de ensino como decisivos na hora de vir para o Vale do Itajaí.

Desde que inaugurou, em março, a Escola Superior de Cerveja e Malte – pioneira na América Latina a abranger ensino, pesquisa e extensão no ramo – recebeu a inscrição de 364 alunos. Oferece desde workshop, passando por cursos de harmonização até pós-graduação em tecnologia cervejeira. Na semana passada a instituição firmou parceria com a Doemens Academy, uma das principais escolas de cerveja do mundo, com sede na Alemanha.

Para o diretor da instituição e professor doutor Carlo Enrico Bressiani, o apelo que Blumenau tem em relação à cultura cervejeira pesou na decisão:

– Esse mercado ainda é amador. O que propomos aqui é o conhecimento técnico, pois já não basta mais só beber cerveja para dizer que entende do assunto.

Estácio Rodrigues e os sócios fundadores do Instituto da Cerveja não tiveram dúvidas ao promover em Blumenau – além de São Paulo – o curso de sommelier de cerveja. Neste ano formarão a terceira turma de profissionais – chegando a 210 alunos no total.

– Blumenau é um centro cervejeiro. Um bom termômetro são as discussões em sala de aula, com riqueza de conhecimento. A qualidade dos alunos é muito boa.

>>> Formação agrada mercado cervejeiro

Docência necessita de profissionais

Se o mercado cervejeiro está ainda engatinhando em relação à profissionalização, o mesmo ocorre na formação de professores. Coordenadora do curso de Cervejeiro da Uniasselvi em Blumenau, Marli Garbari explica que a maioria dos docentes vêm de outros estados.

– O mercado de professores nessa área é bastante recente. Talvez os alunos que se formam na cidade poderão ocupar esses cargos futuramente – estima Marli.