O Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) atingiu a marca de 45 crianças e adolescentes adotados na Comarca de Blumenau, no período entre março e outubro deste ano. Mesmo em meio à pandemia do coronavírus, as pessoas continuaram buscando aumentar as famílias através da adoção. 

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Os números até março não eram animadores, a Comarca havia registrado apenas cinco adoções, de dois adolescentes e três crianças. No entanto, durante o período de isolamento social, foi possível realizar diversos tipos de adoção, como de grupos de irmãos, recém-nascidos, irmãos gêmeos e um bebê com Síndrome de Down. A faixa etária com mais adoções, com 23 das 45 adoções realizadas, foi a de três a 12 anos. 

— Nesta pandemia o nosso trabalho com a equipe de assistentes sociais foi intenso, as ações de destituição do poder familiar não pararam, fizemos audiências pela plataforma do Tribunal de Justiça e as crianças foram encaminhadas para adoção. As assistentes sociais fizeram a aproximação de forma remota e a atenção absoluta para a unidade resultou neste número de adoções — explica a juíza Simone Faria Locks, titular da Vara da Infância e Juventude da comarca de Blumenau.

Para dar continuidade ao trabalho em regime de home office, a assistente social forense de Blumenau, Analu Cardoso Trevizan, ressalta que a equipe precisou se adequar em função do isolamento social. 

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– Foi necessário, de uma hora para outra, assim como toda a população mundial, se reinventar, remodelar e repensar um fluxo, um protocolo de iniciação que já tínhamos. A gente já usava os mecanismos digitais, mas intensificamos e aderimos aos novos meios sem acelerar ou pular etapas – frisa.

Adoções de março a outubro de 2020 na comarca de Blumenau:

Faixa etária das adoções

0 a 1 ano = 4 adoções

De 1 a 3 anos = 14 adoções

De 3 anos a 12 anos =  23 adoções

Mais de 12 anos = 4 adoções

Estado

13 crianças em Santa Catarina

29 em Blumenau

3 em outros estados

Serviço de acolhimento

No início da pandemia, em março deste ano, crianças e adolescentes foram autorizadas a irem para famílias acolhedoras, madrinhas afetivas e lares de funcionários de três casas de acolhimento em Blumenau.  

A ação fez os acolhidos serem encaminhados para um lar temporário, ficando em isolamento social, seguindo todas as medidas de prevenção ao contágio do coronavírus.

A transferência foi feita de forma temporária, uma vez que os infantes continuam sob a responsabilidade das casas de acolhimento do município. O objetivo da decisão foi resguardar a saúde e o bem-estar das crianças e adolescentes acolhidos em meio à pandemia.

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* Estagiário sob supervisão de Bianca Bertoli