Os servidores municipais de Blumenau entraram em greve na manhã desta terça-feira, em mobilização inciada às 9h em frente à prefeitura. Conforme informações preliminares da administração municipal, unidades de saúde (ambulatórios gerais e postos) e escolas terão atendimento prejudicado.

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A decisão de parar os trabalhos foi feita na última quinta-feira (30), em assembleia do Sindicato Único dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Blumenau (Sintraseb), e pede que seja pago o reajuste anual da categoria, de 5,07%, na folha de maio. A prefeitura disse não ter como fazer nenhum reajuste de imediato, mas mantém a proposta de reposição integral do INPC em janeiro de 2020.

De acordo com o coordenador do Sintraseb, Sérgio Bernardo, neste ano serão feitos atos descentralizados, com mobilização em vários locais, fazendo diálogo com a comunidade para explicar os motivos da greve.

– Se os servidores acatarem a proposta do governo, terão um acúmulo de prejuízo equivalente a 50% do salário. Muitas vezes a comunidade questiona os servidores, dos motivos da paralisação, devido ao momento de crise, mas nós estamos falando do INPC que toda a categoria tem recebido, como foi em outros municípios – diz Sérgio.

Segundo a prefeitura, a prioridade é manter o pagamento de salários em dia. Um reajuste integral de 5,07% a partir de maio representaria um aumento de R$ 25,3 milhões no fluxo de caixa do município até o final deste ano, e a administração municipal alega que não possui margem financeira para arcar com este impacto.

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O sindicato pretende insistir em dialogar com os servidores e para não abrir mão da reposição do INPC, considerado "um direito da categoria". Além disso, solicitou ao município na última sexta-feira a reabertura da mesa de negociação.

O sindicato informou ainda que os serviços essenciais, previstos na Lei de Greve, serão mantidos normalmente. Até esta publicação, o balanço da adesão dos trabalhadores não havia sido divulgado.

A prefeitura informou que o atendimento em escolas e centros de educação infantil pode ser comprometido, e a orientação é de que as famílias estejam atentas à agenda escolar, ou informem-se sobre o funcionamento junto à direção da unidade que o filho frequenta.