O mesmo rio que é fonte de energia, água potável e que exige olhares atentos para preservação e combate à poluição também ressurge como opção de lazer para o blumenauense. No domingo, das 10h às 18h, a cidade recebe a quarta edição do Blumenau a Bordo. O festival náutico surgiu em novembro de 2016 como um primeiro passo para oferecer atividades gratuitas de lazer e recriar a relação dos moradores e de visitantes com a prática esportiva e atividades de diversão no Itajaí-Açu. O evento deste domingo terá passeios de stand up paddle, caiaque e Naviculahex – barco usado em pesca esportiva e lazer que permite giros sobre a água –, e outras atividades como luta de cotonete, simulador de remo e apresentações de hoverboard water, jetpack e flyboard.

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O evento é apenas uma ação para que a cidade aproveite melhor o Itajaí-Açu como forma de lazer. Após a criação do festival, o município chegou a cogitar a organização de uma feira náutica, mas recuou em razão de um evento já realizado em Itajaí.

Recentemente, foi a Associação Cultural Desportiva Recreativa Planetapeia que anunciou um projeto de construção de uma sede de 1 mil metros quadrados e um mezanino de mais 200 metros às margens do Itajaí-Açu, ao lado da cabeceira da Ponte de Ferro, também no bairro Ponta Aguda. A entidade aguarda o alvará para construção, mas a intenção é que a estrutura seja erguida este ano.

No Plano Municipal de Turismo, concluído em 2016, a valorização do rio como opção para turismo e lazer foi uma das diretrizes e contou até com a criação de um grupo de trabalho. A largada para outras iniciativas que aproveitem o potencial do rio, no entanto, passa pelo avanço de um projeto específico: uma marina pública.

Tema é uma das metas do Plano de Turismo

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A estrutura teria infraestrutura turística, espaço para praça de lazer, alimentação e estacionamento para ônibus de turismo. O secretário de Turismo e Lazer de Blumenau, Ricardo Stodieck, explica que o município apresentou um pedido de doação de terras do governo federal próximas à penitenciária do bairro Ponta Aguda, onde o Executivo pretende instalar a marina. O pedido está em análise na Secretaria de Patrimônio da União, mas ele acredita que ainda neste primeiro semestre o município possa receber uma resposta positiva. A área solicitada tem 90 mil metros quadrados.

A partir desse momento, o município faria os levantamentos planialtimétrico – que avalia o relevo do terreno –, geológico e batimétrico – inspeção da profundidade do rio. Com esses estudos em mãos, a prefeitura pretende lançar um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para que empresas do setor privado apresentem propostas de marina para o terreno a ser doado à prefeitura.

– O município só pode fazer isso tendo a titularidade da área. Acreditamos que no primeiro semestre ainda o município possa ter a confirmação da doação da área. É isso que está faltando para evoluir nesse processo de marina pública – pontua o secretário.