Na manhã desta terça-feira (1º) representantes das forças de segurança se reuniram na sede da Defesa Civil de Santa Catarina, em Florianópolis, para definirem ações relacionadas aos bloqueios que ocorrem em rodovias por todo o estado, desde a noite do último domingo (30). 

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Na reunião estavam presentes o comandante-geral da Polícia Militar, Marcelo Pontes, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal em SC, André Saul do Nascimento, o diretor da Polícia Científica de SC, Giovani Adriano, além de representantes do Ministério Público de Santa Catarina e da Secretaria de Saúde do Estado. 

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De acordo com o secretário de Saúde do Estado, Aldo Baptista Neto os bloqueios nas rodovias estão atrapalhando o trabalho de logística relacionado a insumos, medicamentos, vacina, roupas de cama hospitalar e alimentação em Santa Catarina. A informação foi divulgada pelo titular da pasta durante uma coletiva de imprensa, após a reunião.

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Segundo o secretário, pacientes hemofílicos e pessoas que viajam para fazer hemodiálise não estão conseguindo chegar aos locais de tratamento. Assim como médicos que não estão conseguindo chegar aos locais de atendimento. 

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A Secretaria de Saúde do Estado também não descarta o uso de aeronaves para o transporte de insumos e pacientes, caso a situação não seja resolvida. 

— Estamos com uma sala de situação na Saúde, tabulando exatamente todas as informações em números. Desde ontem a distribuição de vacinas foi cancelada, temos as unidades do município com algum estoque, só que como a distriução é diária, isso impacta na ação final — afirmou o secretário Aldo Baptista.  

Ainda na coletiva de imprensa, representantes do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e do Ministério Público Federal (MPF) informaram que irão investigar os possíveis autores das manifestações. 

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— São uma série de condutas criminais e da parte civel também que têm que ser apuradas por meio de um procedimento investigatório para saber a dimensão e a gravidade das ações e, ai sim, procurar na legislação uma forma de punição — diz Luciano Trierweiller Naschenweng, subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais do MPSC. 

Já o comandante-geral da PMSC informou que equipes de segurança também estão estudando a possibilidade de fazer escoltas, principalmente de ônibus com passageiros e veículos com itens essenciais, como combustíveis e alimentos. 

— Durante a tarde nós vamos nos reunir com entidades para definir as prioridades e já, no final da tarde, fazer essa escolta que vai amenizar esse impacto dessas barreiras — pontual o coronel Marcelo Pontes. 

Ele salienta, ainda, que há preocupação por conta do feriado desta quarta-feira (2), já que há possibilidade de outras pessoas integrarem as manifestações.

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— A situação está mapeada, mas a gente espera que se ela tiver adesão ela seja de forma pacífica e sem causar prejuízos na sociedade — conclui. 

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