Os bloqueios nas rodovias federais e estaduais de Santa Catarina começaram a impactar os supermercados de Joinville nesta quarta-feira (2). Segundo levantamento de AN, há mercadorias em falta nas prateleiras porque os caminhões para reabastecer os estoques não conseguem chegar ao destino final.

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No supermercado Angeloni, algumas frutas e legumes já acabaram, assim como há falta de sacolas para os consumidores levarem as compras para casa. Há três caminhões parados com mercadorias em bloqueios de rodovias, sem previsão para chegar, de acordo com a unidade do bairro América.

No Giassi, algumas marcas de produtos chegaram ao fim, mas nenhuma mercadoria ficou totalmente sem oferta ao consumidor nesta quarta-feira, segundo a unidade do bairro América. Durante a tarde, um dos caminhões que estavam presos nos bloqueios conseguiu chegar para reabastecer as prateleiras e o estoque,

A reportagem também entrou em contato com a assessoria de imprensa de outras redes de supermercados com atuação em Joinville, mas até a publicação deste texto não havia recebido um retorno.

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Em entrevista à CBN Joinville, o vice-presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Alexandre Simioni, informou que a maior preocupação é com os produtos perecíveis, em especial o hortifruti.

– É o setor que trabalhamos com menor estoque. O abastecimento é praticamente diário ou por quem vai ao Ceasa a cada dois ou três dias. É um formato em que o supermercado não estoca muito de produto e, com as rodovias fechadas, acaba tendo a falta de mercadoria – explicou.

Acats alerta consumidores para terem tranquilidade

O vice-presidente da Acats afirmou à CBN Joinville que a greve dos caminhoneiros de 2018 ensinou à população de que não é necessário ter desespero neste momento. Segundo ele, há um comportamento mais uniforme do consumidor desta vez nos supermercados, com os bloqueios das rodovias.

– Nas primeiras paralisações, nas greves dos motoristas, tivemos correria em supermercados. A gente não está vendo isso neste momento porque a população viu que esse não é o caminho – comentou.

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Simioni explicou que o desabastecimento dos produtos demora porque o estoque pode durar de 10 a 20 dias, dependendo do formato de trabalho de cada rede de supermercados.

– Quem é abastecido por centro de distribuição, como as maiores redes, trabalha com estoque menor na loja porque abastece praticamente todo dia. Então, esse pode ser que comece a ter uma ruptura de mercadoria mais visível – exemplificou.

Já os supermercados locais, com abastecimento próprio ou centro de distribuição dentro da cidade, costumam ter mercadorias por mais tempo. O problema acontece apenas se a paralisação se manter por mais dias, o que poderá acarretar também em falta de outros produtos, como carnes e lácteos.

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