O bloqueio no orçamento das instituições de ensino federais causou uma redução de R$ 11,4 milhões no custeio do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e R$ 7,9 milhões na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). A redução ainda pode ser revertida, mas já afeta o planejamento de obras e eventos estudantis em ambas instituições, que são referência no Estado. Além delas, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) anunciou medidas emergenciais a partir dos cortes anunciados pelo Ministério da Educação.

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Na semana passada, o MEC anunciou que iria repassar um bloqueio de 14,54% em seu orçamento de forma linear às instituições de ensino federais. O percentual foi aplicado na verba de custeio — montante usado para pagamento de conta de luz, água e contratos com empresas terceirizadas, por exemplo.

Ao IFSC, o bloqueio vai atingir 18,98% da despesa de custeio no orçamento deste ano. A Pró-Reitoria de Administração (Proad) da instituição irá apresentar nos próximos dias o impacto dos cortes em eventos anuais, como os Jogos do IFSC e o Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepei). Os recursos para assistência estudantil não devem ser afetados.

A mesma promessa é feita pelo UFFS. Em nota, a instituição afirmou que bolsas e auxílios não serão afetados. O impacto do bloqueio deve ser sentido na redução de gastos com diárias, passagens, transportes e contratos. Obras previstas devem ser postergadas.

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O bloqueio, no entanto, é reversível. A grande questão é quanto mais tempo levar para a liberação de parte do montante, maior deve ser a ação das instituições para conter os gastos. No caso do IFSC, há risco do bloqueio inviabilizar o funcionamento da instituição a partir do segundo semestre.

O reitor da instituição Maurício Gariba Júnior estará em Brasília nos próximos dias para reunião do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), onde o tema deve ser discutido.

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