Bloqueio de ruas com postes divide opiniões entre moradores de Joinville

O bloqueio de duas ruas com postes e pedaços de concreto divide opiniões entre moradores dos residenciais Trapp e Penski, no bairro Vila Nova, zona Oeste de Joinville. Os pedaços foram colocados no final das ruas Hermínia Penski e Darci Trapp para impedir que motoristas cortem caminho por um terreno particular para entrar ou sair do binário do bairro, o que as torna sem saída.

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O proprietário da imobiliária responsável pela comercialização dos terrenos, Rolf Strelow, explica que os próprios moradores colocaram os pedaços de concreto no local. Ele diz que não tem preferência quanto ao fechamento da rua ou não, mas admite que o assunto não é unanimidade entre os moradores.

– Foi feito um abaixo-assinado com os moradores para pavimentar as ruas e também tivemos reunião com prefeito, mas até agora nada ocorreu. Para poder continuar o asfalto das ruas até o binário, a Prefeitura teria de indenizar essa parte porque é um terreno particular. Hoje, os moradores vão ficar atolados com pó se passar o tráfego por ali – explica.

A poeira é um dos motivos apontados pela moradora Francine Rizzati para ser a favor das ruas fechadas. No entanto, ela destaca que a maior segurança no trânsito da rua Hermínia Penski, onde vive há quase três anos, é a principal razão de apoiar o bloqueio.

– Tem muito movimento aqui e temos muitas crianças brincando na rua, principalmente à tarde. Prefiro deixar fechado pela segurança de todos.

Para Luis Inácio da Costa, proprietário de terrenos nos residenciais, o bloqueio das ruas não é uma boa ideia. Segundo ele, muitos motoristas entram no local e, ao se depararem com os postes, têm que fazer um retorno grande para voltar às vias principais do bairro, como a rua 15 de Novembro.

– Tem gente que passa por dentro do terreno baldio para acessar o binário. Já está até ficando o caminho marcado pelos pneus dos carros – conta.

Como os moradores não entram em acordo para desbloquear ou manter os blocos de concreto na rua, os pedaços de postes continuam no local até que haja um consenso.

O que diz a Prefeitura:

Por meio da assessoria de imprensa, a Prefeitura diz que não há problema na presença dos postes no local porque eles estão no final da rua. Também foi informado pela assessoria que não há previsão para asfaltar as duas vias. No momento, a solução seria a pavimentação comunitária, com a adesão de 100% dos moradores, para arcar com os custos da obra.

Sobre a necessidade de indenizar o dono do terreno para fazer o asfaltamento da rua, a Prefeitura informou que a responsabilidade é da imobiliária em lotear o espaço dentro dos critérios de loteamento, arcando com a infraestrutura, como as ruas e a pavimentação.