A Consulado do Samba, escola da Caeira do Saco dos Limões, foi a primeira a entrar na Passarela Nego Quirido na noite de sábado. Na bateria, mais precisamente na tocando uma cuíca, estava um iniciante especial, o editor assistente da Hora e blogueiro do Na Guarda, Jorge Jr.
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Emoção e promessas para o ano que vem, estão no relato dele sobre a experiência de tocar pela primeira vez em uma das grandes escolas de samba de Florianópolis:
Depois do “É tudo nosso” do intérprete Gilsinho, que deu largada ao desfile, o grupo musical começou a cantar o samba da Consulado com o apoio das cordas. E neste instante o choro veio com força na guela e os olhos começaram a nublar. A primeira vez numa bateria de escola de samba foi forte.
A emoção foi tanta que quando a bateria de fato começou a tocar, levei uns segundos para poder fazer a minha cuíca chorar. Pisar na Nego Quirido fazendo um som arrepia e vicia _ ano que vem tem de novo. Mas depois que começou, só terminou quando a União da Ilha da Magia já havia começado o desfile. Por mim não parava mais.
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Já tinha pensado em tocar na bateria há tempos, mas nunca dava _ por desculpa ou falta de tempo. Mas agora deu. Há tempos sem tocar em público, tive banda num passado recente, ver a arquibancada levantar gritando, cantando o samba, no momento das coreografias da bateria colocava o arrepio constante, junto com o frio na barriga, na 10ª potencia.
E escolhi a cuíca, esse instrumento incrível pela forma com que produz som, ao friccionar um pano em um graveto de bambu, porque o grupo que toca na Consulado é feito por amigos meus. E eles me ajudaram, assim como o mestre Alysson Biscoito. Não fosse a parceria, não teria saído. Já a minha mulher diz que eu escolhi a cuíca porque ficava bem atrás da rainha Viviane Araújo. Confesso que isso também me incentivou.
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