O Manda Brasa vai colocar na avenida todas as cores da história do bloco, que desde 2006 faz parte do Carnaval joinvilense. Com o samba-enredo As Cores da Luta, pretende celebrar a memória fundadora do bloco. A ideia, segundo o presidente e membro do Movimento Afrodescendente do PMDB, Vladimir Marcos Cândido, é colocar os integrantes mais antigos do grupo na linha de frente.
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Ele é o tradicional compositor e responsável por organizar os preparativos do Carnaval e samba-enredo do bloco. Neste ano, a expectativa é ter mais de 200 pessoas no Manda Brasa, mesmo número do ano anterior. Além disso, o bloco vai garantir a bateria, com a parceria com Escola de Samba Unidos do Caldeirão.
– Vamos reforçar nossa amizade, brincar um Carnaval sadio – garante.
O Carnaville Folia entra logo em seguida na avenida Beira-rio com o samba-enredo Vem Com a Gente Extravasar. O bloco, fundado em março do ano passado, é formado por quatro amigos de longa data – Fernando Francisco, Katlen da Silva, Patrício Antonio e Roberto Fonseca – todos vindos de cidades diferentes e com experiência como verdadeiros foliões.
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Os preparativos iniciaram-se muito cedo, porque a ideia, segundo a presidente, Katlen, é prezar pelo profissionalismo e pelo planejamento com antecedência. Das festas de divulgação à encomenda dos abadás, tudo passa pelo seu tato criterioso – e, claro, ganha o aval dos outros três membros.
Mas tanta exigência não é à toa: eles querem levar todo mundo para curtir um Carnaval de verdade na cidade.
– Nosso bloco é micareta, é pipoca, é alegria! Nosso samba-enredo é pequeno, fácil de decorar, alegre e muito animado.
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Os abadás estão à venda a preços populares, entre R$ 20 e R$ 25, e estão à venda a qualquer pessoa que esteja disposta a se divertir no Carnaval joinvilense
Ensaiando há pelo menos cinco meses com a bateria cedida pela Escola de Samba Dragões do Samba, o Carnaville Folia quer quebrar com os preconceitos com os quais tiveram que esbarrar contra o Carnaval da cidade e torná-lo parte da cultura local.
– O nosso bloco é aberto, não temos nenhum preconceito, viemos para agregar ao Carnaval de Joinville – diz Katlen.
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Se depender da força de vontade dos amigos, eles vão longe. Além das dificuldades burocráticas, o caixa apertado é outro obstáculo encontrado por este e pelos outros blocos. Das festas organizadas para divulgar o grupo, o dinheiro que sobra é destinado ao pagamento de fornecedores – e, mesmo com a verba de incentivo liberada pela Prefeitura, os cartões de crédito dos amigos assumiram a função de fazer o bloco ir para a rua e com muitos foliões. Afinal, quem faz com amor faz acontecer.
Amanhã você conhece os blocos União TC, Boranda e Império Joinvilense.