Quatro imóveis que lançavam esgoto a céu aberto perto do trevo do Cacupé em Florianópolis foram flagrados na manhã dessa quarta-feira (28) pela fiscalização da Blitz Se Liga na Rede.

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Dois proprietários foram autuados e podem ser multados em ao menos R$ 5 mil, se não ajustarem os imóveis à legislação. Essas duas casas lançavam esgoto na área dos fundos.

Conforme os técnicos da Blitz, em outras duas casas, a água da pia da cozinha, máquina de lavar, banheiro e chuveiro eram jogados nas partes mais baixas da rua. Em uma das residências, até a saída do vaso sanitário era lançada no chão, nos fundos do terreno. A Blitz se Liga na Rede é uma iniciativa da prefeitura da capital e da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).

Trabalho conjunto

Após sete semanas de fiscalização, a força-tarefa passou por 73 imóveis na capital para coibir o lançamento de esgoto no mar e em rios. Até agora apenas 14 imóveis, entre os 73 fiscalizados, seguiam as normas técnicas e sanitárias. Embora o trabalho deva impactar na qualidade da água neste verão, a presença de esgoto nas praias é um problema a ser solucionado a médio e longo prazo, como explica o engenheiro sanitarista Igor Puff Floriano, que coordena a Blitz:

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– Acredito que é um trabalho que leve certo tempo para alcançar um nível do tamanho de Florianópolis. A grande sacada dessa blitz é mostrar essa realidade, que a parte da prefeitura e da Casan está sendo feita, e mostrar que é viável fazer mudanças, não só por parte da prefeitura, mas pelos moradores. Acho que trará mudanças, mas a médio e longo prazo – afirmou.

Foram fiscalizados pela blitz até agora shoppings, pousadas, hotéis, restaurantes, condomínios e residências em locais como a Avenida Beira-mar Norte, os bairros Ingleses, Cachoeira do Bom Jesus, Campeche, na praia da Joaquina, em Ponta das Canas, Canajurê e o bairro Cacupé.

Apoio técnico

Conforme o engenheiro sanitarista Igor Puff Floriano, além da fiscalização, a força-tarefa oferece amparo técnico para os moradores regularizarem o esgoto da sua propriedade.

– Na grande maioria dos casos, as pessoas não estão cientes de que estão irregulares. Muitas vezes, ela contratam um projeto, mas é construído de outra forma, a obra não segue o habite-se sanitário ou a casa é construída de maneira irregular, não tendo habite-se – afirmou.

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Segundo Igor Floriano, a maioria dos imóveis fiscalizados já havia sido notificada sobre as irregularidades pela prefeitura, por meio da Floram e da Vigilância em Saúde, mas os proprietários não se adequaram à legislação. – Os maiores problemas são com quem não tem rede coletora de esgoto e lança o conteúdo da fossa em um corpo hídrico – explicou.

Ouça as informações: