O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou nesta quarta-feira que já se desculpou o suficiente por suas recentes e polêmicas declarações minimizando casos de racismo no futebol e considerou que o assunto está encerrado. Em uma coletiva de imprensa na Malásia, Blatter disse que está magoado com as críticas contra ele.
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O chefe do órgão regulador do futebol mundial lamentou na semana passada a polêmica causada por sua declaração de que qualquer incidente racial entre jogadores pode ser resolvido com um aperto de mão no final de um jogo.
– Eu só posso dizer que o assunto está encerrado para mim – afirmou Blatter durante uma conferência de imprensa na sede da Confederação Asiática de Futebol, na Malásia.
– Já me desculpei e não posso dizer mais – completou o dirigente.
Blatter ainda destacou que “não deve haver tolerância ao racismo”. Ele respondeu a uma pergunta sobre o que fará quanto à declaração de Neil Warnock, gerente de uma equipe britânica, que sugeriu aos jogadores negros em todo o mundo que boicotem jogos internacionais em protesto contra o presidente da Fifa.
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– Não há discriminação no que sinto, não há racismo para qualquer coisa. Esse assunto terminou para mim. Vamos seguir adiante. Há tolerância zero para o racismo, tolerância zero à discriminação em todas as atividades no campo e fora dele – disse Blatter.
O presidente da Fifa insistiu que não se surpreendeu com a reação da imprensa britânica, as fortes críticas e as chamadas para renunciar ao cargo de chefe do órgão regulador do futebol mundial, mas acrescentou que ficou “realmente magoado por estes comentários”.
O suíço de 75 anos, que foi reeleito para um mandato de quatro anos em junho, descartou deixar o cargo em meio à mais recente controvérsia.