Todos os anos o mês de novembro reserva as grandes promoções e preços especiais da Black Friday. Geralmente na última sexta-feira do mês, neste ano o mega dia para o comércio será dia 26, mas desde já muitas lojas – dos mais variados segmentos – estão com chamadas especiais para as promoções. Quem deseja aproveitar para adquirir algum bem ou produto, ou ainda já garantir os presentes de Natal nesta época, é preciso estar atento a alguns fatores para não cair na chamada “metade do dobro”. Segundo o economista Otávio Tranchesi, em entrevista à CBN Joinville nesta quarta-feira (10), é preciso definir com antecedência os itens que se deseja comprar e ir avaliando a evolução de preços, para não cair em armadilhas.
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— O principal ponto é você não fazer a compra por impulso. O planejamento é o seu aliado número um — destacou.
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Além disso, aponta o especialista, a pesquisa antecipada vai garantir que o consumidor tenha mais embasamento para definir se os preços ofertados como promoção realmente não vantajosos ou não. Tranchesi comentou ainda a importância de cada um avaliar o seu momento financeiro antes de realizar qualquer compra. Reconhecer se o item é necessário ou não, conversar com a família sobre a importância daquele produto e elencar as prioridades são dicas importantes. A impulsividade para aproveitar os descontos que parecem tão vantajosos pode trazer dívidas grandes e que podem ser evitadas. Por isso, o economista destacou que não “alimentar” essa vontade desenfreada de comprar é um caminho importante, principalmente nesta época de tanta exposição das lojas.
— Se você está com dificuldade financeira e sabe que tem problemas em comprar por impulso, a dica é não alimentar esse impulso. Não seguir as lojas nas redes sociais, no dia da Black Friday dar uma desligada, fazer outra coisa — comentou.
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Além de economista, Otávio Tranchesi é head de marketing da Simplic, uma fintech de crédito para negativados. Ele conta que na empresa vem aumentando o número de pessoas procurando dinheiro nesta época do ano. Em relação ao mesmo período de 2020, a busca por crédito teve um aumento de quase 30%. O especialista alertou que o consumidor precisa buscar formas de comprar o que deseja com responsabilidade, sem aumentar ainda mais suas dívidas.
A Black Friday pode ter descontos reais, mas também traz “ciladas”, como classificou Tranchesi. A principal delas é o cartão de crédito, que pode ser uma facilidade num primeiro momento, mas muitas vezes acaba comprometendo a renda familiar por dez meses, um ano ou às vezes até mais.
— Você não pode tomar um susto quando chega sua fatura do cartão. Se veio o susto é porque tá errado e você não se planejou direito — resumiu.
Confira, abaixo, a entrevista completa do economista Otávio Tranchesi ao CBN Mais. O programa vai ao ar de segunda à sexta-feira, das 11h ao meio-dia na CBN Joinville, com Jota Deschamps, Fernando Gonçalves e Rodrigo Zimmermann.
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