Uma jovem meiga e querida. É assim que Mauriceia Estraich é lembrada pelo pai, o bispo da Igreja Católica Apostólica Doutrina em Cristo, Ermindo Estraich. A jovem de 22 anos morreu no dia 28 de março em um incêndio criminoso na casa em que morava com o companheiro, no município de Descanso, no Oeste catarinense. 

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A polícia investiga o caso como feminicídio e acredita que o fogo tenha sido causado propositalmente.

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Mauriceia foi encontrada sem vida após o fogo consumir a madeira que mantinha sua casa em pé. A residência foi construída em um terreno pago pelo pai da jovem. O bispo também arcou com os custos da edificação do local, erguido com materiais pré-moldados. Segundo Estraich, ia completar um ano que o casal morava ali.

— Onde ela estudou e trabalhou, ela é lembrada com carinho. Ela sempre foi uma menina meiga e querida. Sempre estava alegre, contente e feliz. Fez muita amizade. Hoje não é só o pai e a mãe que estão com essa dor, mas sim a população do Oeste catarinense que conheceu ela — diz o bispo.

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Pai e filha tinham uma relação próxima. Mauriceia chegou a morar com o religioso na adolescência. A mãe da jovem e o bispo se divorciaram quando ela ainda era criança e a apenas Estraich permaneceu em Santa Catarina, enquanto os familiares se mudaram para o Rio Grande do Sul.

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Com a volta de Mauriceia ao Oeste de SC, ela passou a estudar em uma escola de Descanso. Foi no final do Ensino Médio que a jovem conheceu o atual companheiro. Os dois foram morar juntos um tempo depois. O pai conta que o casal chegou a viver em uma casa no terreno de familiares do namorado dela, mas que depois ambos optaram por se mudar.

Familiares protestaram no sábado pedindo justiça pela morte da jovem
Familiares protestaram no sábado pedindo justiça pela morte da jovem (Foto: Junior Recalcati e Cristian Lösch /Portal Peperi)

O bispo disse que acompanha as investigações e que confia no trabalho da polícia. No sábado (3), familiares e amigos de Mauriceia fizeram uma passeata da delegacia até a casa onde aconteceu o crime. Um suspeito teve a prisão temporária decretada após divergências em seu depoimento.

A investigação

A polícia ainda aguarda laudos do Instituto Médico Legal (IML) para concluir a investigação sobre o crime. A jovem estava sozinha em casa no momento do incêndio. O delegado Cléverson Luis Müller, que apura o caso, suspeita de assassinato pois a Mauriceia não apresentava limitações físicas ou mentais que pudessem ter dificultado a saída dela da residência quando o fogo começou.

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Um suspeito do crime foi preso 12 horas após o incêndio e encaminhado a uma unidade prisional. A identidade do homem não foi relevada pela polícia. Sete pessoas foram ouvidas no caso, incluindo o companheiro da vítima que está em liberdade.

A polícia ainda não sabe o que teria motivado o crime e não descarta a participação de mais pessoas no caso. O corpo da jovem ainda não foi liberado para um sepultamento.

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