Tenho observado uma atenção cada vez maior em relação à biossegurança em consultórios odontológicos nos últimos seis anos. Além da definição clássica, gosto de mencionar a citação do professor Mario Hirata. A visão dele reflete a minha quando diz que “biossegurança é saúde. Amor ao trabalho seguro é a essência da biossegurança”. Só assim um cirurgião-dentista e equipe terão o controle efetivo da contaminação cruzada. O amor pela profissão é fundamental para o sucesso.

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Como abordado no artigo “Protocolo de Biossegurança no Consultório Odontológico”, de Katiúcia Mara Pinto e Célia Regina de Paula, o cirurgião-dentista expõe os pacientes, a equipe e ele próprio, até a família indiretamente, a um ambiente contaminado e muitas vezes altamente agressivo. O lamentável é que grande parte desses profissionais ainda se mostra resistente à adoção de medidas de controle de infecção.

As autoras afirmam que o protocolo de controle de infecção é de fácil entendimento, custo baixo, tempo reduzido e exige apenas o envolvimento do profissional e equipe para alcançar resultados positivos. Devemos citar também o Código de Ética Odontológica/2013, que traz em seu bojo que zelar pela saúde do paciente, bem como promover a saúde coletiva no desempenho de suas funções, é dever fundamental do profissional de odontologia.

Por isso levanto a reflexão: diante do dever, há espaço para questionar se gostamos ou não dos protocolos de biossegurança? Creio que não, pois eles estão acima da dualidade entre o bom e o ruim. No momento em que esse conceito é assimilado pelo profissional, as atitudes se revestem de um caráter ético e o zelo pela saúde coletiva passa a fazer parte do dia a dia. Somente assim alcançamos o reconhecimento de nossos pacientes.

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