No domingo em que Joinville completará 163 anos, a comunidade da região Oeste irá receber uma das obras mais aguardadas dos últimos anos: o binário do Vila Nova. No entanto, o fato, que deveria ser motivo de celebração para os moradores da região, não é comemorado por todos. O projeto será inaugurado sem iluminação em alguns trechos das ruas.
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– Vão inaugurar uma obra sem iluminação. Para a gente que passa aqui todos dias, fica perigoso, principalmente à noite. Tem pessoas que dependem desta rua – reclamou a dona de casa Lúcia Helena Leirmmann, de 50 anos, que usa a rua São Firmino.
O binário é uma obra do governo do Estado que custou cerca de R$ 15,661 milhões. Ele foi construído com o objetivo de desafogar o trânsito da rua 15 de Novembro, umas das principais vias de acesso do Centro para o bairro Vila Nova, além de ser um dos acessos da cidade.
Mas a iluminação do trecho é de responsabilidade da Prefeitura de Joinville. De acordo com o secretário de Infraestrutura, Romualdo França, a iluminação não será entregue a tempo. Ainda é preciso a abertura de uma licitação e aprovação da Celesc.
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– A obra de mobilidade é que será inaugurada. A iluminação é uma necessidade que surgiu com a criação do binário e, se tudo der certo, ela deverá ser instalada ainda no primeiro semestre deste ano – explicou.
Apesar de concordar que a reclamação da comunidade é justa, França disse que o processo de instalação da iluminação pode levar de seis a sete meses. Segundo ele, o projeto elétrico da rede de baixa tensão já foi protocolado na Celesc e a Prefeitura aguarda uma resposta da concessionária.
– Assim que a concessionária aprovar o projeto, ele entrará na programação. E quando houver investimento, a região receberá a iluminação – garantiu.
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O binário terá mão única no sentido da BR-101 até a Rodovia do Arroz, pela rua 15 de Novembro; e mão única da rodovia até BR-101, pelas ruas São Firmino e Leopoldo Beninca.
População se preocupa com velocidade de carros e cheias
O operador de máquina Eunir Teichirt, 52 anos, passa todos os dias pelo binário e contou que, à noite, a escuridão deixou as vias mais perigosas. Mas este não é o único problema, segundo ele.
– Eu levo e busco a minha filha todos os dias na escola e sempre vejo os carros passando muito rápido por aqui. Deveriam colocar um semáforo em frente à escola para dar mais segurança – falou.
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O colégio ao qual ele se referiu é a Escola Municipal Professor Karin Barkemeyer, na rua Márcio Luckow, uma lateral da São Firmino. A dona de casa Lúcia Helena Leirmmann, que também leva e busca o filho todos os dias na mesma escola, fez a mesma reclamação, mas sugeriu uma lombada em vez do sinaleiro.
– É complicado. Eles fizeram a pavimentação, que ficou bonita, mas esqueceram do resto. Quem passa à noite corre o risco de ser assaltado – reclamou.
Apesar de ter gostado da obra, o ajudante industrial Rafael Sebastião Freitas, 26, está preocupado com alagamentos. Para ele, o rio Águas Vermelhas, onde foi construída a ponte, deveria ser mais largo.
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– Na terça-feira, quando choveu, a água subiu até quase a altura da ponte. Foi por muito pouco – contou o morador.
Freitas mora na rua Leopoldo Beninca, que fica perto da ponte, e explicou que é normal entrar água nas casas quando chove, principalmente porque a rua asfaltada ficou mais alta do que as casas.
Prestadora do serviço pode ser definida ainda em março
Se o projeto elétrico da rede de baixa tensão for aprovado pela Celesc – que prevê a iluminação dos trechos que faltam no binário do Vila Nova -, os trabalhos entrarão na programação dos investimentos da Prefeitura logo em seguida. A instalação da iluminação será realizada pela empresa que vencer o edital de licitação lançado pela Prefeitura de Joinville ainda em 13 de fevereiro.
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A empresa prestará serviço por três anos e ainda realizará os trabalhos de manutenção e expansão da iluminação pública daquele trecho. Além disto, a empresa também deverá pensar em alternativas para a economia de energia elétrica.
O edital tem teto de R$ 64 milhões para os três anos. A abertura dos envelopes está marcada para 19 de março, uma quarta-feira, às 19 horas, na Secretaria de Administração da Prefeitura. Os recursos para o contrato Vêm da receita da contribuição para o custeio dos serviços de iluminação pública (Cosip).