Bill Gates, cofundador da Microsoft, anunciou nesta sexta-feira (13) a saída o posto no conselho de administração da companhia que ajudou a criar, em 1975, para se dedicar mais ao que definiu como suas prioridades filantrópicas.Ele também sairá do conselho da Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett.
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Em um texto publicado em sua conta no LinkedIn, Gates afirmou que entre essas prioridades estão saúde global e desenvolvimento, educação e o crescente engajamento que tem em deter as mudanças climáticas.
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Gates fundou, ao lado de sua mulher, Melinda, a fundação Bill e Melinda Gates, em 2000. Em 2008, deixou a presidência da Microsoft para se dedicar ao projeto.
No texto, Gates também afirmou que servir no conselho da Berkshire foi uma das maiores honras de sua carreira. "Warren e eu éramos grandes amigos antes de eu entrar [no conselho] e seremos ainda por muito tempo", diz o fundador da Microsoft.
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Gates e Buffett são parceiros na fundação que leva o nome do criador da Microsoft e também na organização sem fins lucrativos The Giving Pledge, que incentiva pessoas com grandes fortunas a doar parte de suas riquezas a causas sociais.
Em comunicado ao mercado, a Microsoft afirma que Gates continuará a ser um conselheiro de tecnologia do presidente executivo, Satya Nadella, e outros executivos da empresa.
"Foi uma grande honra e privilégio ter trabalhado e aprendido com Bill por todos esses anos. Bill fundou a nossa companhia com uma crença na força democratizante do software e uma paixão para resolver os desafios mais prementes da sociedade", disse Nadella em nota.
Cofundador da gigante Microsoft, Gates tinha 39 anos quando a empresa chegou ao seu auge. Hoje, tem uma fortuna estimada em US$ 75 bilhões, segundo a revista Forbes, o que o coloca como um dos homens mais ricos do planeta.
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O bilionário se notabilizou nos últimos anos pelo envolvimento com educação e saúde em países em desenvolvimento.
Gates, que abandonou Harvard para fundar a Microsoft com um amigo em 1975, passou a se dedicar a sua fundação filantrópica em 2008, à qual doou dezenas de bilhões de dólares.
Em 2017, durante a Conferência de Segurança em Munique, ele afirmou que a comunidade internacional deveria se dar conta de que tem que se preparar para uma pandemia. A crise do coronavírus foi considerada nesta semana uma epidemia pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
Tomando como exemplo a epidemia do ebola na África Ocidental em 2014 e 2015, a gripe espanhola em 1918 e mencionando a possível invenção de um vírus com fins "terroristas", Gates considerou, à época, "possível" uma catástrofe em nível mundial.
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"Para lutar contra as pandemias globais, também se deve lutar contra a pobreza… É por isso que corremos o risco de ignorar a relação entre segurança de saúde e segurança internacional".