A partir deste sábado, o recolhimento de lixo em Biguaçu será feito pela prefeitura, de forma emergencial. Serão dois caminhões e seis funcionários – bem menos do que o necessário – para que o problema não se agrave. Em Palhoça, o problema também se arrasta desde quinta-feira. As duas cidades são atendidas pela empresa Proactiva, cujos funcionários estão em greve. É a segunda paralisação em oito meses.
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O descumprimento de contrato seria o motivo da greve. A convenção coletiva aconteceu no dia 1º de março, na Capital, entre sindicatos patronais e de trabalhadores. Ficou definido reajuste de 7,5% para a categoria dos coletores de resíduos. A discussão seria por conta do vale alimentação, em valor diferenciado para motoristas de caminhão e trabalhadores da coleta.
A Proactiva garante que está respeitando as cláusulas acordadas no início desta semana e diz lamentar a paralisação sem o aviso de 72 horas de antecedência, como está previsto em lei. A empresa deverá solicitar formalmente nova pauta de negociações nos próximos dias.
O dobro para aumento
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– Infelizmente, os trabalhadores optaram em paralisar de imediato todos os serviços de coleta, que afetam principalmente as cidades de Biguaçu e Palhoça. Tratando-se de um serviço de interesse e de saúde pública, os trabalhadores deveriam cumprir com a legislação e manter o mínimo de 30% do serviço em funcionamento, o que não está sendo respeitado. O pleito principal é de que o reajuste salarial seja de 15%, ou seja, o dobro do acordado entre os sindicatos – diz a nota oficial da empresa, que tem sede em São Paulo.
Mesmo com a operação de emergência das prefeituras, a demanda é muito maior. Biguaçu produz cerca de 80 toneladas de luxo por dia. Palhoça manda para o aterro sanitário 160 toneladas de resíduos todos os dias.