Os Estados Unidos vão manter o avanço rumo a uma economia de menos carbono depois que Donald Trump assumir o poder, antecipou o vice-presidente americano, Joe Biden, nesta sexta-feira, durante visita a Ottawa, Canadá.

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“Apesar de qualquer incerteza que exista sobre as decisões políticas de curto prazo do próximo presidente, tenho certeza de que os Estados Unidos vão continuar avançando nesta mudança rumo a um futuro de carbono reduzido”, disse Biden em um encontro com líderes canadenses para concluir um acordo sobre o preço nacional do carbono.

“É irreversível”, assegurou.

A visita de Biden ocorre em meio a inquietações de que o governo Trump, que assume em 20 de janeiro, retroceda nos esforços para combater as mudanças climáticas.

Durante a campanha presidencial, Trump comprometeu-se a incentivar o setor do petróleo e do gás e trazer de volta o carvão.

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A decisão de Trump de nomear o cético do aquecimento global e aliado da indústria dos combustíveis fósseis Scott Pruitt à frente e da Agência de Proteção Ambiental (EPA) gera dúvidas sobre a direção que seu governo vai tomar sobre as mudanças climáticas.

Biden argumentou que os estados e o mercado superam o governo federal nos esforços para reduzir a contaminação gerada pelo carvão.

O vice-presidente citou a eficiência energética de prédios e nos meios de transporte, assim como a cooperação entre estados como Califórnia, Quebec e Ontário, que negociam créditos de carbono.

Também disse que o consumo de petróleo nos Estados Unidos baixou, enquanto a instalação de painéis solares aumenta.

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“Muitas tendências mencionadas valem por si mesmas e já não dependem de iniciativas do governo. Marcam a mudança do mercado, têm a ver com o senso comum”, disse Biden.

“Sendo assim, mesmo que a próxima administração seja agressiva como vimos, não há forma de voltarmos atrás”, disse.

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