O crescimento econômico da América Latina e do Caribe deve ficar em 3,9% entre 2013 e 2017, abaixo dos 4,8% registrados entre 2003-2007, período que antecede a crise financeira internacional, segundo estimativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Por isso, o banco orienta os países a acelerar as reformas estruturais, controlar os gastos públicos e aumentar a integração regional.
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Os dados e a análise fazem parte do estudo Replanejar as Reformas: Como a América Latina e o Caribe Podem Escapar do Menor Crescimento Mundial, divulgado neste domingo durante a Reunião Anual do BID, que ocorreu no Panamá.
O presidente do BID, Luis Alberto Moreno, defendeu as reformas estruturais e a integração para consolidar o crescimento na região. Ele discursou durante a 54ª Reunião Anual da Assembleia de Governadores do banco e falou das projeções do estudo.
– Esta reunião coincide com um contexto internacional complexo, em que o crescimento mundial se mantém baixo. Isso causa um impacto desacelerador sobre a economia da América Latina e Caribe – disse Moreno.
Para Moreno, é importante controlar gastos para manter a expansão e as políticas sociais regionais. Mas o estudo é bem rigoroso do ponto de vista fiscal.
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– Prevemos que, durante vários anos, a região registrará um crescimento moderado. Os países devem controlar seus gastos porque o espaço fiscal também diminuiu – disse Santiago Levy, vice-presidente de Setores e Conhecimento do BID.
A previsão de decréscimo de quase um ponto percentual acompanha a recessão que começou em 2008, acarretando queda mundial nos resultados comerciais e diminuição dos preços dos produtos primários, bem como redução nos investimentos na região. As moedas da região também foram valorizadas para conter a pressão do dólar, o que afeta o mercado de exportações.