Ele pouco recorda a primeira vez que subiu numa bicicleta quando criança. A paixão mesmo por bikes surgiu há quatro anos, quando Lúcio César Martins Consul, 27, natural de São Leopoldo (RS), e hoje morador de Palhoça (SC), fez uma viagem de duas rodas de Florianópolis a Santigo do Chile.

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– Foi simplesmente a coisa mais fantástica que já fiz na vida: dois meses na estrada, apenas com uma barraca, umas mudas de roupa e, claro, ela, minha bike. Depois disso minha vida mudou, a bicicleta passou a ser parte dos meus melhores momentos, não pude mais parar – ressaltou ele, que largou a vida de programador numa empresa de tecnologia para se dedicar ao mundo das bicicletas.

Lúcio diz que a criatividade veio espontaneamente. Ele começou a pesquisar, comprar ferramentas e sentia-se cada vez mais realizado manuseando e transformando peças e objetos. Não por menos, o apaixonado tem três bicicletas em casa: uma da década de 1930, outra de 1970 e outra atual. Eis que, mais do que simplesmente guardá-las, ele queria deixá-las à mostra.

– Procurei pela internet suportes, objetos de decoração e outros para mim mesmo e como inspiração. Daí descobri muitas coisas em sites estrangeiros e pouca no Brasil. Foi quando resolvi meter a mão na massa por aqui e o negócio foi criando corpo.

A partir de um amor de longa data pelas ‘magrelas’, ele fez nascer este ano a Porventura (porventura.com.br), marca pela qual ele dá visibilidade e comercializa suas criações.

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Tudo é feito à mão, segundo Lúcio. Além de suportes, ele produz bike ‘taxidermia’ que funciona mais como elemento decorativo e canecas com motivos de bike.

– Montei uma oficina nos fundos de casa e lá é o meu retiro. Passo o dia com a mão na massa e quando chega o final de tarde é hora da pedalar.