As mortes de ciclistas no trânsito de Joinville aos poucos começam a ser eternizadas. Quem circula pelo Centro, já deve ter visto uma bicicleta fantasma – termo que se refere a uma bicicleta branca colocada no local em que o ciclista foi morto – na praça Nereu Ramos.

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Na noite desta terça-feira, outra bicicleta foi pendurada em dois postes na esquina das ruas Xavier Harp e Tenente Paulo Lopes, no bairro Boa Vista. Na placa colocada nela se lê o nome Acácio da Silva Jacinto Filho, e a data da morte, 1º de dezembro de 2012.

No ponto de ônibus próximo, um grupo de mulheres olhava com curiosidade para a bicicleta, perguntando-se do que se tratava.

– Eu pensei que fosse isso, porque um senhor morreu aqui esses dias – disse a auxiliar administrativa Eli Cristina da Silva, 27 anos.

A farmacêutica e bioquímica Rosinete Medeiros, 55 anos, que trabalha em frente à esquina, lembra do sábado em que Acácio foi atropelado.

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– Ele ficou grudado no parabrisa do carro, que andou ainda uns 40 metros até ele cair – conta ela, que aprovou a homenagem/protesto.

– Eu achei legal que eles não foram agressivos. Eles estão dando uma demonstração de não violência. Isso é um símbolo de não violência. Achei fantástico – disse Rosinete.

Apesar de a ação ser comum em outras cidades como Florianópolis, que tem pelo menos seis bicicletas fantasmas, muitas pessoas ainda não compreenderam a homenagem/protesto feitas em Joinville. O grupo ou as pessoas que estão por trás da iniciativa na cidade ainda são desconhecidas.