Na modalidade em que a evolução é somente individual, a tenista número um do Brasil escolheu Florianópolis para começar uma nova fase da carreira. Bia Haddad deixou as competições de lado nos últimos meses por causa de uma cirurgia e se mudou para a capital de Santa Catarina para que a tranquilidade fora das quadras permita que o tênis seja a única preocupação e avance na carreira.
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No circuito profissional desde 2010, ela fechou a última temporada entre as 100 melhores do mundo no ranking da WTA. Agora em Florianópolis readquire o tênis que ficou de lado por um mês e meio. Começou uma espécie de pré-temporada e pretende voltar a competir ainda na primeira quinzena do próximo mês, no Challenger de Vancouver, no Canadá.
Por enquanto é hora do retorno, de treinar nas quadras rápidas do complexo partilhado por Federação Catarinense (FCT) e Confederação Brasileira de Tênis (CBT) ou no saibro do Lagoa Iate Clube (LIC), mais próximo no lar recém-montado na Lagoa da Conceição. Desta forma, a tenista de 22 anos espera fazer com que os novos ares sejam refletidos no seu jogo.
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– Estar relaxada e mais tranquila ajuda muito. Estar com as coisas resolvidas fora da quadra, sem tantos problemas, faz diferença no treino. Temos horários livres para as quadras, que nos dá liberdade na programação. As coisas do dia a dia ficaram mais simples para mim. Floripa contribui pela paz que tem aqui – explica.
É que em maio as dores nas costas ficaram insuportáveis. Não conseguia sequer fazer coisas simples, como escovar os dentes, sem que a hérnia de disco incomodasse. A cirurgia, no final do mesmo mês, acabou com o sofrimento e abriu caminho para a mudança. Foi quando decidiu deixar o Rio de Janeiro e buscar um tênis de movimentos mais leves, como insiste o técnico argentino German Gaich nos treinamentos, e com mais força física.
Ter o preparador físico Felipe Reis e o fisioterapeuta Paulo Cerutti, que moram em Floripa, por perto também pesou na escolha. Enquanto segue as determinações do treinador para estar mais solta dentro da quadra, enquanto faz com que a raquete pareça lâmina cortando o ar ao bater na bolinha
– Tenho feito ajustes de técnica também para me proteger, com os golpes mais limpos. O foco é estar bem para o ano todo. É um recomeço tanto para o meu corpo, em um trabalho um pouco diferente, quanto para a minha cabeça.
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A nova fase já trouxe novas descobertas, pelo menos fora de quadra. Experimentou comer ostra, andar por trilhas que levam a praias e outros sabores de uma vida mais tranquila. Na cidade do maior nome do tênis nacional, anseia também pelo encontro com Gustavo Kuerten.
– Ainda não encontrei o Guga. Nem sei se sabe que estou treinando aqui. Se ele ler esta entrevista vai saber (risos).