Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, no início da manhã desta quarta-feira, Beto Albuquerque (PSB) falou sobre o desafio de assumir a candidatura à vice-presidência na chapa de Marina Silva após a morte de Eduardo Campos e confirmou que Pedro Simon (PMDB) deve substituí-lo na busca por uma vaga no Senado.
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– Fui um dos responsáveis nos últimos dois anos para que ele (Eduardo Campos) fosse candidato à presidência. Não poderia agora me furtar de ser candidato a vice-presidente. Também significa um reforço na aliança nacional o fato de ter um gaúcho na chapa majoritária – disse.
Nesta quinta-feira, Simon deve ser confirmado como candidato da coligação (PMDB, PSD, PPS, PSB, PHS, PT do B, PSL e PSDC) em uma reunião com José Ivo Sartori (PMDB), que concorre a governador. Senador há 27 anos, Simon planejava aposentar-se.
Beto, um escudeiro de Campos que costuma marcar posição
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– Nada mais do que justo que essa vaga que hoje disputo no Senado fique com o PMDB. O senador Pedro Simon é um grande nome – frisou.
O convite para assumir a disputa eleitoral na chapa majoritária do PSB ocorreu na tarde de terça-feira, em Recife, após a missa de sétimo dia de Campos. De acordo com Albuquerque, em reunião com lideranças da sigla, a viúva Renata Campos afirmou que seu papel nunca foi de “front”, mas que, apesar de não aceitar a candidatura, seguiria bastante envolvida com o partido e os encaminhamentos da campanha.
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– Ela disse que Marina obviamente deveria ser a candidata à presidência e que quem melhor poderia acompanhá-la, pela história, convivência com Eduardo, sintonia com os compromissos e protagonismo dentro do partido, seria eu. Saio de Pernambuco com uma missão gigantesca (…). Vou compor essa chapa com todos os compromissos ditos e assumidos pelo Eduardo, preservando e reiterando o nosso programa de governo – afirmou o candidato.
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Sobre as posições divergentes entre o partido e Marina Silva, como no que se refere ao agronegócio e à construção de usinas em áreas extensas, Albuquerque sugeriu a existência de preconceito em relação à candidata.
– E muito por não ouvi-la falar, por sempre se ouvir algo que alguém disse que ela disse. (…) a nossa ideia é ter um programa desenvolvimentista. É evidente que, para se desenvolver, o país não precisa fazer o que já se fez na história, como o desmatamento da Amazônia e na Mata Atlântica. É preciso ter leis claras, objetividade e diálogo por parte do governo e das partes interessadas – completou.
Albuquerque informou que nesta quarta-feira participará de uma reunião da Executiva Nacional do PSB em Brasília e que os próximos passos são a redefinição da agenda e a confecção de novos materiais de campanhas. Devido ao pouco tempo de campanha como candidato à vice-presidência, Alburquerque se dividirá entre viagens com Marina e outras com assessores e lideranças do PSB.
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* Zero Hora com Rádio Gaúcha