A seleção brasileira masculina de vôlei terá uma tarefa complicada na segunda fase da Liga Mundial de Vôlei. A equipe caiu no Grupo F, na qual quatro dos cinco primeiros colocados do ranking mundial disputarão duas vagas. Além do time do técnico Bernardinho, Cuba, Estados Unidos e Rússia fazem parte da chave.

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– Estamos chamando de grupo da morte – disse Bernardinho. – É uma chave forte e muito equilibrada, onde reeditaremos as últimas finais do Campeonato Mundial, contra Cuba; dos Jogos Olímpicos, contra os Estados Unidos; e da Liga Mundial, diante da Rússia. Vamos precisar de pelo menos duas vitórias nestes confrontos para avançar – alertou.

Primeira adversária do Brasil, às 8h30min (horário de Brasília) de quarta, a seleção cubana ficou em segundo lugar no Grupo D, com 23 pontos. A equipe caribenha é a quarta colocada no ranking mundial.

– Cuba perdeu jogadores importantes (o central Simon, o ponteiro Leal e o levantador Hierrezuelo), mas continua muito bem. Eles contrariaram alguns prognósticos e não se fragilizaram. Conseguiram a classificação ganhando da Itália fora de casa por 3 a 0. É uma equipe de muita força física e que procura constranger seus adversários pela capacidade física – analisa o treinador.

Vice-líderes do Grupo do Brasil na primeira fase, os Estados Unidos marcaram 23 pontos na primeira fase da Liga Mundial. A seleção campeã olímpica é a quinta no ranking mundial e enfrentará o Brasil na quinta-feira, também às 8h30min (horário de Brasília).

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– Será o nosso adversário com maior capacidade técnica. Além disso, tem por cultura ter muita consciência na parte tática. É uma equipe que sempre dificulta muito a vida do Brasil. É um time de personalidade forte, que não esmorece, e deu mostras disso na primeira fase – comenta Bernardinho.

Terceira e última adversária brasileira, na sexta, às 8h30min (horário de Brasília), a Rússia fez a melhor campanha da primeira fase, com 31 pontos no Grupo B, e ocupa a segunda posição no ranking internacional.

– É uma equipe de condição física impressionante, que conta com jogadores altos e aposta muito na qualidade de seu saque e de seu bloqueio. Além disso, tem muitas opções para trocar a equipe no decorrer das partidas. Fez a melhor campanha da primeira fase e mostrou sua força – encerra o técnico brasileiro.

Já a Chave E terá Polônia, Bulgária, Itália e Argentina. Cada grupo classifica apenas dois times para a etapa seguinte.

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Calendário mais puxado

Pela segunda vez – a primeira foi em 2003 -, a Liga Mundial de Vôlei terá oito equipes na Fase Final. A mudança em relação às temporadas passadas reflete diretamente dentro da quadra: não há mais intervalo entre os jogos, já que a programação prevê as partidas da fase de grupos de quarta a sexta, as semifinais no sábado e a grande decisão no domingo.

Nos últimos anos, as equipes semifinalistas tinham um dia sem partidas durante a fase de grupos, já que eram seis seleções divididas em duas chaves. Segundo o preparador-físico do Brasil, José Inácio Sales, a seleção está preparada para suportar o ritmo puxado da disputa.

– É uma mudança significativa – explica o profissional. – Não adotamos nenhuma medida específica em relação a esta situação, mas buscamos, como sempre fazemos, evoluir o nível do trabalho em comparação com a última temporada. Focamos o trabalho na prevenção de lesões e, neste aspecto, a equipe está bem preparada para encarar esta adversidade – completa José Inácio.