Os líderes da União Européia (UE) deram nesta quinta-feira seu apoio ao plano contra a crise proposto pela Comissão Européia (CE, órgão executivo do bloco europeu), que prevê destinar fundos equivalentes a 1,5% do PIB comunitário a impulsionar a atividade econômica e o emprego, segundo assegurou o premiê da Itália, Silvio Berlusconi.
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Em declarações à imprensa ao término do primeiro dia do Conselho Europeu que começou hoje em Bruxelas, Berlusconi assinalou que todos os países estão de acordo com o número de 1,5% colocado pelo executivo comunitário.
Planejamento
Bruxelas acredita que a economia européia requer uma injeção de cerca de 200 bilhões de euros para sair da recessão.
A maior parte dessa quantia, 170 bilhões de euros, virá de contribuições dos Estados-membros, enquanto os bilhões de euros restantes sairão do orçamento comunitário e do Banco Europeu de Investimentos.
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Riscos
A Alemanha, maior economia da UE, tinha se mostrado até agora reticente a aprovar novas medidas conjuntas, porque não quer pôr em risco sua equilibrada situação orçamentária e por preferir esperar conhecer o resultado das que já iniciou.
Porém, ao término do jantar em que debateram qual deve ser a resposta comunitária à crise econômica, Berlusconi deixou claro que houve “consenso” em torno da colocação da comissão.
O primeiro-ministro da Itália reconheceu, em todo caso, que “é muito difícil encontrar idéias novas” para resistir a forte desaceleração que atravessa a economia européia.
O premier ressaltou, assim, ser fundamental incentivar a demanda e considerou que, por isso, é preciso se esforçar para transmitir aos cidadãos que seu comportamento dependerá da profundidade e a extensão da crise.
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