O chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, negou nesta segunda-feira que irá renunciar, desmentindo assim os rumores sobre uma possível demissão que circulavam nos mercados financeiros, declarou um assessor.

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– Falei há pouco com Berlusconi e ele me disse que os rumores sobre sua demissão não têm nenhum fundamento – afirmou Fabrizio Cicchitto, chefe do bloco de deputados do partido governista PDL.

Os rumores surgiram por declarações de Giuliano Ferrara, que é considerado um conselheiro próximo de Berlusconi, e ganharam corpo após a divulgação de informações sobre um encontro entre o chefe do governo italiano, seus filhos e o presidente do grupo de comunicação Mediaset, em Arcore, próximo de Milão, no norte da Itália.

– Que Berlusconi está a ponto de ceder seu lugar é agora algo claro, é uma questão de horas, inclusive de minutos”, disse Ferrara, diretor do jornal de direita “Il Foglio”.

Mais tarde, no entanto, Ferrera disse que suas declarações eram um conselho sobre a “única via de saída possível” para evitar “uma agonia política sem pés nem cabeça”.

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Berlusconi enfrenta a dissidência de três deputados de seu partido, o Povo da Liberdade (PdL), que se uniram à oposição centrista, e o “descontentamento” de deputados do PDL, cujo voto não foi assegurado, o que fez a coalizão do governo perder a maioria absoluta de 316 cadeiras na Câmara de Deputados.