O Carnaval começou em Florianópolis no momento em que a pequena Kesha, de 2 anos, levantou da cadeira de plástico em que estava sentada e meio descoordenada, mas cheia de empolgação, sambou. A mulatinha que mora com a família na Barra da Lagoa tem o Carnaval no sangue: tanto do lado do pai, Cristiano dos Santos, quanto da mãe, Jaqueline Damásio, alguém tem um pé nas escolas de samba da Grande Florianópolis. Foi assim que com dois meses de idade, Kesha já estava no meio do Carnaval. E agora, a vontade de pular já é incontrolável: se apoderou dela assim que a bateria dos Protegidos da Princesa começou a tocar no palco do Berbigão do Boca. Começava a festa de Kesha. Começava o Carnaval na Capital.
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Pelo 24° ano, o Berbigão do Boca abre oficialmente as festividades na cidade, com direito à chave do município sendo entregue ao Rei Momo e os bonecos gigantes percorrendo o centro histórico rodeados de muito gente – tanta que a polícia ainda não tinha conseguido contar. Largo da Alfândega, Mercado Público, Praça XV: tudo estava lotado para ver o bloco passar.
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Rodrigo Ferreira Lima vive na pele, literalmente, o Berbigão do Boca. É ele que segura um dos bonecos gigantes, o de Dedão, antigo dono do Ressacas.
– Ele era uma figura muito conhecida, então tem muita gente que para o boneco para tirar foto, conversa com ele, diz que se lembra – conta Rodrigo, que “abriga” o bonecão há exatos 15 anos neste Carnaval.
Ele carrega os cerca de 20 quilos “sem nem sentir”, afirma.
– É mais pesado no início, mas depois vai bem – garante.
Para Rodrigo, que vive o Carnaval há anos junto com toda a família e participa de várias escolas de samba, esse é diferente, e por um motivo que poderia ser um problema.
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– Pela falta de dinheiro, as comunidades se uniram mais, as pessoas estão mais atuantes e fazendo de tudo pelo Carnaval. Voltaram pessoas mais antigas, todo mundo está participando – conta. E é nesse clima de união que Rodrigo acredita que será embalado o Carnaval 2016.