Enquanto o país se prepara para ir às urnas apenas em outubro para escolha de presidente, governador, deputados e senadores, os 7,8 mil eleitores de Benedito Novo escolhem neste domingo novos prefeito e vice. Por conta do cancelamento da eleição de 2012, desde o ano passado Osnir Floriani (PMDB), presidente da Câmara de Vereadores, está à frente do Executivo municipal como interino. Os novos administradores da cidade tomam posse dia 30 de junho.

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Em campanha eleitoral desde abril, a cidade de 10,3 mil moradores deve conhecer quem comandará o município pelos próximos dois anos ao cair da noite deste domingo. Com menos tempo para se organizar e conseguir recursos, as campanhas têm clima de improviso. Jean Michel Grundmann (PP) e o vice Dario Tonolli (PSD) concorrem pela coligação PP/PT/PSD. Pela união de PMDB e PSDB disputam Laurino Dalke (PMDB) e o vice Harry Dallabrida (PMDB). Ambos participaram das eleições em 2012.

Treze locais receberão 25 urnas. A chefe de cartório da 32ª Zona Eleitoral de Timbó, Melissa Puertas Gutierrez Costa, explica que Benedito Novo viverá um dia normal de eleições. As 27 sessões funcionarão das 8h às 17h. Por ser uma eleição complementar, terá direito a voto quem se registrou até 1º de janeiro deste ano. As polícias Militar e Civil reforçarão o efetivo na cidade durante o dia. Os locais de votação ainda terão fiscalização do Ministério Público.

Melissa explica que por Benedito Novo pertencer à comarca de Timbó, a apuração dos votos será feita no Fórum do município vizinho. A expectativa é que até as 19h todos os votos já estejam contabilizados.

As novas eleições – ou eleições suplementares, segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) – foram necessárias porque o candidato vencedor do pleito de 2012, Laurino Dalke, teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral e pelo TRE. Dalke recorreu, conseguiu concorrer sob liminar e ganhou a disputa com 53% dos votos. Porém, a impugnação da candidatura foi mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Dalke não pôde assumir.

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Candidato eleito em 2012 foi barrado pela Lei da Ficha Limpa

Como o peemedebista teve mais de 50% dos votos válidos, a lei prevê a realização de uma nova eleição. Em 2012 Laurino Dalke foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. A impugnação se baseou em uma condenação do Tribunal de Justiça de 2009 referente a um crime ambiental. Em 2013 Dalke foi inocentado em última instância, o que permitiu que ele estivesse novamente apto a concorrer as eleições deste ano.

Sob alegação de que Dalke não poderia concorrer agora por ter sido impugnado, o PP entrou com pedido de nova impugnação da candidatura, que não foi aceito tanto em primeira quanto em segunda instâncias.