Às 19h30, o último show do palco Sunset trouxe uma mistura do soul de Ben Harper com a pegada blueseira do lendário Charlie Musselwhite. Tocando em grande sintonia, eles alternaram momentos tranquilos e pesados em que os músicos deram uma amostra de seu virtuosismo. Os dois músicos se revezaram no microfone e na steel guitar, tocando sentados. Eles abriram o show com Get Up, empolgaram com I Don’t Believe a Word You Say e encerraram com um cover de When the Levee Breaks, do Led Zeppelin, com Harper cantando e Charlie no seu instrumento de preferência, a gaita de boca.

Continua depois da publicidade

Vestida como uma gladiadora em prateado, a roqueira Grace Potter hipnotizou o público com suas pernas de fora, a voz potente e a habilidade com a guitarra. Sorridente e animada, a norte-americana abriu a apresentação com Never Come Back e Turntable e pediu que o público cantasse com ela, em português. Depois, chamou Donovan Frankenreiter para o palco e o rock alternativo ganhou tons de funk. Juntos, tocaram sucessos do músico como Free e Move by Yourself. Grace voltou aos vocais para um cover de Miss You dos Rolling Stones, mostrou que não estava brincando com a guitarra em canções como Nothing but the Water e perto do fim tocou o hit Paris (Ooh La La).

Em mais uma combinação inesperada, ao modelo de Kimbra e Olodum, o segundo show no Sunset uniu Mallu Magalhães à Banda Ouro Negro, especializada na obra do maestro Moacir Santos. Inicialmente sozinha, a cantora executou músicas com o seu próprio grupo: Cena, Ô Ana, Olha Só Moreno e Wake Up In The Morning. Depois, chamou a Banda Ouro Negro ao palco e, juntos, eles apresentaram um tributo a Moacir. A interação entre artistas tão diferentes foi problemática tanto no estilo intimista e fofo dela e grandioso da banda quanto nos aspectos técnicos – Mallu errou o timing de uma canção e precisou recomeçar, fone de retorno não funcionou e foi trocado. A cantora estava visivelmente tensa. Sem Mallu, a banda tocou três temas instrumentais, Coisa Nº 6, Amphibious e Coisa Nº 4, que o público não prestou muita atenção. No final, Mallu retomou dois sucessos (Sambinha Bom e Velha e Louca) e agradou o público, que estava lá mais para ver ela do que a banda.

A primeira banda no Sunset foi a portuguesa Gift, que tocou para um público muito pequeno. Era a segunda participação no Rock in Rio – a primeira foi em 2011 – do grupo de pop rock eletrônico liderado pela animada vocalista Sónia Tavares e pelo tecladista Nuno Gonçalves. Com roupas coloridíssimas e estranhíssimas, eles tocaram composições em inglês e conversaram em português com o público. Executaram músicas próprias de qualidade como Driving You Slow e 1977, mas o que fez o público cantar foi mesmo a versão de Índios, da Legião Urbana. O grupo carioca de percussionistas Afro Lata entrou na metade do show com seus instrumentos fabricados a partir de lata. O quarteto português encerrou com In Repeat, quando finalmente o público participou com palmas e coro.

Confira a programação desta sexta-feira, dia 20:

Continua depois da publicidade

Palco Mundo:

Frejat – 18h30min

Matchbox Twenty – 20h30min

Nickelback – 22h10min

Bon Jovi – 00h05min

Palco Sunset:

The Gift + Afroreggae – 14h40min

Mallu Magalhães + Banda Ouro Negro – 16h

Grace Potter and The Nocturnals + Donavon Frankenreiter – 17h30min

Ben Harper + Charlie Musselwhite – 19h30min

Eletrônica:

Ferris – 22h30min

Rodrigo Vieira – 23h30min

Dexterz – 00h30min

Paul Oakenfold – 01h30min