Em entrevista ao Notícia na Manhã desta sexta-feira (20), o presidente do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina (Simesc) e coordenador do Conselho Superior de Entidades Médicas de Santa Catarina (Cosemesc), Cyro Soncini, reforçou o alerta para que as pessoas fiquem em casa durante o período de vigência dos decretos estadual e municipal para evitar a disseminação do novo coronavírus, mas afirmou que os profissionais precisam ser mais valorizados pelos gestores de entidades públicas. Segundo ele, a categoria “é muito bem avaliada no dia a dia”, mas é “pouco reconhecida” pelos gestores.
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O médico aproveitou o momento de reforço das ações de combate à pandemia de CoVid-19 para falar sobre a precarização das relações de trabalho.
– Um exemplo são os profissionais do Samu. A enfermeira que trabalha nesse serviço é contratada com carteira assinada (CLT), mas a médica não. Ela é “pejotizada” e se ficar grávida, não terá os mesmos direitos que os trabalhadores de outras áreas dentro da saúde – afirmou o coordenador do Cosemesc.
Soncini reforçou que os médicos estão “tão engajados quanto todos” no combate à pandemia, mas que alguns pedidos não são atendidos pelos gestores públicos.
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“Estamos trocando o pneu com o carro andando”
Questionado sobre como os médicos e profissionais de saúde estão se preparando para enfrentar o novo coronavírus, ele informou que “ninguém teve tempo de fazer nada com antecedência” e reforçou que é fundamental que seja mantido o bom nível de informação e “aquartelamento”, com as pessoas ficando em casa.
– É só isso que vai evitar a propagação do vírus. É difícil, mas temos que reforçar que as pessoas não saiam de casa, não frequentem locais com aglomeração e lavem sempre as mãos – disse Soncini
Ouça a entrevista:
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