Não vale mão boba, nem roçadinha no joelho alheio. Aqui o lance é sério. No telão do cinema, o filme não era de ação e muito menos tinha graça. Era dramalhão mexicano, e daqueles bens ruins. Ontem, quem não ficou preso no trânsito foi pro cinema. No Cinépolis, do Continente Park Shopping, em São José, 80 torcedores acompanharam a transmissão de Brasil e México no telão de cento e tantas polegadas.
Continua depois da publicidade
>>Índios em Chapecó jogam futebol na aldeia antes de ver a Seleção
>>Teve quem perdeu os primeiros minutos e quem assistiu na rodoviária
Continua depois da publicidade
A aventura se repetiu por, pelo menos, outros sete cinemas de Florianópolis, Blumenau e Joinville. Se a gente ficou Fora do Mapa da Copa, pelo menos podemos ir para o escurinho assistir a tudo. É certeza de ver tremendas confusões dessa galerinha do barulho.
Qualquer marmanjo com mais de 30 anos pôde reviver os tempos do saudoso Canal 100. Criado no final dos anos 1950, o cinejornal exibido antes dos filmes era a única opção para quem queria conferir os gols que fizeram a história das copas.
– Hoje me lembrou dessa época. Mas aqui é como se estivesse na arquibancada – imagina o veterano Edson Cantarini, 53 anos.
Continua depois da publicidade

Galera ficou indignada com a Seleção
Edson levou para a poltrona um saco de pipocas e uma cervejinha pra ver o jogo tranquilão. O zero a zero transformou o passeio com a esposa Tatiana num encontro pouco romântico. O bom de ver Copa no cinema é que não precisa fazer silêncio. E a galerinha de sete amigos levou a sério. Trouxe vuvuzela, camisa e óculos para torcer na última fileira.
– É pra gente ficar reunido e sentir emoção juntos – comemora Andrielly de Souza, 15 anos.

Galerinha do barulho: Bruno, Felippe, Andrielly, Shauanne, Maria Eduarda, Elvis e Bruna assistiram ao jogo na última fileira
Continua depois da publicidade
O ingresso custa 25 contos, com direito à meia-entrada. Além da pipoca, até uma cervejinha é vendida por oito pilinhas. Do jogo da estreia da Seleção para o de ontem, o público da sala, com capacidade para 311 lugares, quase dobrou. Além disso outros jogos da Copa têm sido exibidos no horário da tarde. A intenção é movimentar o cinema, explica o gerente Allan Gomes.

Este tava tão faceiro com a partida que se esparramou na poltrona e tirou uma sonequinha bacana
Mesmo borocochô, o jogo de ontem deixou uma lição. Para fazer no escurinho, só existe mesmo uma coisa melhor do que assistir a um filme: ver a Copa do Mundo no telão.
Continua depois da publicidade
Leia também:
Resistência à Copa: veja seis dicas para não ver o hexa chegar
Entre a nega maluca e a Seleção Brasileira
Entre as regras do namoro e as da Copa do Mundo, prefira as do chamego
Copa do Mundo, pra que te queremos?