O Zoológico de Pomerode sediou de quinta-feira até ontem o 41º Congresso da Sociedade de Zoológicos e Aquários do Brasil (SZB). No total, cerca de 400 participantes de mais de 45 instituições do Brasil, Colômbia, Paraguai e Argentina. O encontro teve como tema a discussão do bem-estar animal em zoos.

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O biólogo do Zoo Pomerode e presidente da SZB, Cláudio Hermes Maas, conta que um dos pontos principais do congresso foi o lançamento de uma estratégia mundial de bem-estar animal para zoos e aquários. O documento reúne padrões que devem ser implantadas nas instituições do país associadas à SZB.

– A estratégia compreende não só a parte de cuidados, mas envolve excelência no trabalho veterinário, manejo, manutenção, excelência da estrutura, nutrição, registros, controle da bioseguridade, programa de medicina preventiva e outros aspectos – pontua.

Além disso, nos próximos cinco anos todos os zoos da sociedade passarão por uma verificação que poderá resultar em um selo que garanta aos frequentadores que a instituição mantém altos padrões de bem-estar animal.

Intercâmbio

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de informações

Entre os 10 palestrantes internacionais que estiveram no Zoo Pomerode estão Angela Miller, do Animal Kingdom, parque da Disney em Orlando, Ron Kagan, CEO do Detroit Zoological Society e Chris Jenkins, da Natural Encounters, todos nos Estados Unidos.

Para o presidente da SZB, a troca de experiências com instituições internacionais permite ainda mais avanços aos cinco zoos do Estado associados à SZB, que já apresentou muitos resultados. Prova disso, segundo Maas, é ter dois zoos (Pomerode e Beto Carrero) participando do programa de conservação do mico-leão dourado, um dos mais icônicos do mundo e que hoje tem como principais apoiadores os zoos.

– Cada instituição tem aspectos individuais, mas todos têm o compromisso com o bem-estar animal e estão caminhando para isso. O congresso é uma oportunidade de formação para ampliar esse trabalho. Quando você vai ao zoo a lazer, com a família, você também aprende, mas, acima de tudo, esses recursos gerados ajudam muitos projetos e ações de animais que não estão nos zoos. Hoje os zoológicos e aquários são a terceira maior fonte de recursos para conservação da biodiversidade – defende.