A onda de manifestações na Europa contra as medidas de austeridade adotadas pelos governos em resposta à crise econômica internacional chegou à Bélgica nesta sexta-feira.

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Em Bruxelas, a capital belga, os principais sindicatos convocaram uma greve geral. A paralisação ocorre no momento em que o novo primeiro-ministro belga, Elio Di Rupo, assume o poder, depois de um ano e nove meses de governo provisório. Os belgas reagem às medidas de austeridade, anunciadas pelo governo, para garantir o pagamento das dívidas e empréstimos concedidos pela União Europeia. A crise econômica na Bélgica é influenciada também por elementos da política interna, como a disputa de forças entre francófonos e flamengos.

Para as centrais sindicais belgas, a Federação Geral do Trabalho da Bélgica (cuja sigla é FGTB), a Confederação de Sindicatos Cristãos (cuja sigla é CSC) e o Sindicato Liberal (cuja sigla é CGSLB), as medidas de austeridade podem agravar a situação da economia do país. A ideia é reunir 50 mil pessoas apenas em Bruxelas nas manifestações convocadas para hoje.

O orçamento belga estima que o déficit do Produto Interno Bruto (PIB) atinja 2,8% em 2012 e o alcance do equilíbrio orçamental em 2015.

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Nos últimos dias, gregos, britânicos e portugueses saíram às ruas em protesto contra as medidas de austeridade adotadas em seus países.