Os caminhos que levam aos destinos catarinenses de verão nem sempre são engarrafados. No Médio Vale do Itajaí quem quer fugir da agitação das praias convencionais pode se deixar guiar pelas hortênsias que marcam os trajetos até as lagoas de Rio dos Cedros, a cerca de 50 quilômetros de Blumenau. Conhecida pelo charme do inverno, quando as montanhas ficam cobertas pela neblina e é possível ver até neve, como ocorreu em 2013, durante a estação do sol os dois lagos formados pelas represas dos rios Bonito, Palmeiras e Cedros transformam a cidade em uma opção tranquila e com ar fresco para veranistas em busca de paz.

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Além dos lagos principais, duas cachoeiras _ e muitos outros rios e cascatas que brotam do paredão de pedra ao longo da estrada _ criam um roteiro que impressiona o visitante a cada curva delineada pelos arbustos azuis-celestes. Mas é preciso disposição, pois a subida é longa. A Região dos Lagos fica a 37 quilômetros do Centro de Rio dos Cedros e a 800 metros de altitude. À direita, as hortênsias levam à Barragem Rio Bonito, em Palmeiras, onde está um dos lagos (que têm o mesmo nome da barragem).

Veja os preços e as opções de lazer em Rio dos Cedros

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Para esticar o passeio, a opção é rodar mais três quilômetros e chegar à Cachoeira Formosa, com aproximadamente 40 metros de queda d’água. No caminho à esquerda as flores guiam para a Barragem do Pinhal, em Alto Cedros, que também forma um lago com o mesmo nome da barragem e oferece ao turista que estiver empolgado pelo roteiro mais um atrativo: a Cachoeira e Gruta do Índio, com mais de 25 metros de queda livre, mas a 50 quilômetros e distância do Centro da Cidade.

As hortênsias estão presentes por todos os caminhos até os lagos e cachoeiras e Rio dos Cedros. Entre novembro e fevereiro ocorre a floração e as estradas e jardins ficam forrados com as flores azuis, que passaram por um recuperação e replantio feitos pela prefeitura em 2006 e 2007.

O verão em Rio dos Cedros é aproveitado de várias maneiras. Nos lagos é possível encontrar pessoas nadando, passeando de barco ou moto aquática e pescando, acompanhados da sombra proporcionada pelo guarda-sol. Visitantes se deslocam de outros estados para garantir um lugar na beira dos lagos e opções não faltam. A comerciante Lucila Roude, 51 anos, aluga casas para os finais de semana. Um grupo de até 10 pessoas pode chegar sexta-feira à noite e ir embora domingo por R$ 300.

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_ Nesta época tem muito movimento, fica assim até a Páscoa. No fim de semana mesmo vira uma praia e vem gente de todo lugar incluindo Curitiba e São Paulo _ conta.

E não é mesmo difícil encontrar veranistas em Rio dos Cedros. A bordadeira Marlise Leicht, 43 anos, veio de Timbó com a família para aproveitar as férias. Eles se hospedaram na casa de um amigo para evitar a movimentação do litoral:

_ A gente sempre vem pra cá, é muito melhor que a praia. Tem movimento, mas não é que nem lá (litoral). Aqui é fresco, tem mato, tem essas paisagens lindas.

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