Nas ruas do Jardim Paraíso, poucos sabiam quem era Gilmar Luiz Nascimento. Mas, se alguém perguntasse pelo “Minga”, seria para Gilmar que os conhecidos apontariam. Ele foi um dos homens encontrados mortos com intoxicação em um terreno baldio no Jardim Paraíso, em Joinville.
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O mecânico era tão popular nas redondezas quanto o irmão, o caminhoneiro Jairo Nascimento. Eram filhos da mesma mãe, mas frutos de casamentos diferentes. A dependência dos dois, dizem amigos, era só o álcool.
-Eles gostavam eram de uma cachaça. E não era qualquer cachaça, tinha que ser purinha-, diz o pedreiro Vandereli Meurer, 51 anos, que nos últimos meses cedeu um quarto da própria casa para Jairo morar.
O soldador Wilson Medeiros, 52 anos, reforça a tese de que Gilmar e Jairo não tinham envolvimento com outras drogas que não fosse o álcool. Crentes de que só a cachaça não seria capaz de tirar a vida de quatro homens de uma só vez, os amigos desconfiam de que alguém tenha provocado as mortes.
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-Eles não tinham vício de droga nenhuma. Alguma coisa misturaram e deram para eles, só pode ser-, reforça Wilson.
Tanto Wilson quanto Vanderlei também tinham o hábito de beber na companhia de Jairo, Gilmar e outros companheiros do Jardim Paraíso. Às vezes, o consumo acontecia em algum bar. Às vezes, no terreno onde quatro deles morreram.