O Conselho Tutelar de Camboriú protocolou, na tarde de quinta-feira, uma denúncia no Ministério Público (MP) que aponta que crianças da cidade não receberam as vacinas obrigatórias oferecidas pelo SUS. A suspeita é de que os medicamentos estariam sendo trocados por soro ou qualquer outro material. A Secretaria de Saúde do município já abriu uma sindicância para investigar o caso e afastou uma técnica de enfermagem, depois de receber denúncias de pais via ouvidoria da prefeitura.

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Segundo o conselheiro Valmor Dalago, algumas famílias já procuraram o conselho para denunciar o caso, dizendo que as crianças não sentiam dor na hora da vacina e também ficavam sem marcas.

– Em um dos casos, a criança ficou doente e o exame não encontrou os anticorpos, sinal de que não teria sido vacinados, mesmo com a carteirinha em dia – comenta Dalago.

Ele vai pedir ao MP que, caso seja comprovado o problema, as crianças voltem para receber as devidas vacinas. As denúncias apontam que o caso se restringiu apenas à policlínica, que fica no Centro da cidade.

Afastamento

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A diretora da Vigilância Epidemiológica, Fabiola Rigo da Cruz, confirmou que a prefeitura também recebeu denúncias e avisou que uma profissional já foi afastada no início do mês. Uma sindicância interna foi aberta para apurar se realmente as vacinas não eram aplicadas. O nome da profissional não foi divulgado, mas Fabiola comentou que se trata de uma técnica de enfermagem que entrou pelo processo seletivo.

– Nós preferimos acreditar na nossa profissional, mas se algo aconteceu, algumas medidas serão tomadas. Ela pode ser desligada e responder um processo administrativo – comentou.

Fabiola disse também que, até agora, não há registro de crianças doentes por falta de vacina. Também não é possível afirmar, ainda, se caso a irregularidade for comprovada, as crianças terão de voltar para serem vacinadas.

– Se for comprovado, conversaremos com o Ministério da Saúde e a secretaria de Estado para decidir o que fazer – disse a diretora.

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