O pequeno Noah Rafael, de apenas um ano, brilhou na noite da última sexta-feira (1º) ao se formar junto com os pais no curso técnico de Logística do IFSC de Tubarão. O garoto frequentou as aulas desde quando tinha apenas 35 dias de vida e cativou os colegas de turma e também os professores. Na celebração do fim da formação, lá estava ele com direito a beca, faixa e até capelo.

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O vídeo compartilhado nas redes sociais pela mãe, Tamara Pereira Albuquerque, mostra os aplausos empolgados quando o casal e Noah Rafael foram chamados para receber o diploma. O pequeno ganhou, inclusive, canudo. Ao longo das quase duas horas de cerimônia, o bebê posou para fotos, deu “tchauzinho” para a plateia e arrancou muitos sorrisos, como mostra o vídeo abaixo.

“Mesmo com a imunidade baixa, um dentinho nascendo, ele se comportou como um verdadeiro formando, e aproveitou cada momento como se soubesse o que estava fazendo ali. Vibrou, sorriu e bateu palmas com todos nós”, escreveu Tamara na publicação onde destacou o esforço dela e do companheiro, Cleber Rafael Rodrigues Albuquerque, e o apoio dos colegas e do IFSC.

Na plateia, estavam também as duas filhas mais velhas dela, que por vezes também acompanharam as aulas.

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“É assim que eu quero que elas me vejam, exemplo de persistência”.

Quando tudo começou

Os pais de Noah Rafael deixaram o Rio Grande do Sul em 2021 para morar em Jaguaruna em busca de mais segurança e abriram um pequeno negócio de serviço de entrega. Formada em Marketing Digital, Tamara sentia necessidade de ela e o marido entenderem melhor de logística. Quando as inscrições para o curso abriram no IFSC de Tubarão, ela estava no oitavo mês de gestação.

Poderia ser motivo para o casal não ir estudar naquele momento, mas eles decidiriam que juntos iriam encarrar as aulas diárias. Uma foto mostra o bebê com um mês e meio de vida nos braços do pai, Cleber, olhando atentamente para o quadro. Durante os dois semestres em que o curso durou foi assim: mamar, ficar no bebê conforto, um pouco no colo das professoras e também com os colegas de classe dos pais.

Não teve quem resistiu ao sorriso encantador do menino.

— Em alguns momentos nós pensamos em desistir por questões financeiras, por esgotamento. Era uma rotina muito cansativa, não foi fácil. Às vezes levava as meninas junto também e elas ficavam na biblioteca. Chorei no corredor do IFSC. Mas tudo na vida requer sacrifício, tem renúncia, e a gente sabia que seria só por um tempo — desabafa a mãe.

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