Por determinação da Justiça, assim que tiver alta do Hospital Beatriz Ramos, a criança encontrada em uma caixa de papelão em Indaial irá para a casa de pais adotivos. A decisão é da juíza Mônica Pasold, responsável pela 3ª Vara Cível e Vara da Infância e da Juventude do Fórum de Indaial.

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Como o processo corre em segredo de Justiça, a juíza não divulgou muitos detalhes do caso, mas argumentou que decidiu colocar a criança imediatamente para adoção, pois acredita que a pessoa que abandonou a recém-nascida não tem condições de criá-la:

– Mesmo que a mãe aparecesse, eu não devolveria a criança. A pressa é da criança e a cada dia que passa ela fica privada de ter a convivência e o carinho familiar.

Assista ao depoimento de Seu Walter, que conta como encontrou a menina:

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A menina, que tem aproximadamente dois dias de vida, foi deixada na porta da casa de Walter Toamsen, 88 anos, na Rua Rio Grande do Sul, por volta das 7h30min. Quem encontrou o bebê foi a cachorrinha Totsi.

Um policial militar que estava de folga e mora na mesma rua socorreu o bebê. Ela estava sem roupas, sem identificação e ainda tinha parte do cordão umbilical. O bebê foi levado para o Hospital Beatriz Ramos e continua internado. De acordo com o Conselho Tutelar, ela deve receber alta até segunda-feira.

Para a juíza, o caso serve de exemplo a outras pessoas que não querem ficar com os filhos. Segundo ela, quem estiver em situação semelhante deve procurar a Vara da Infância e da Juventude para receber a orientação correta, e a criança será encaminhada para adoção. Conforme a juíza, hoje o tempo médio de espera para pais que pretendem adotar é de três a quatro anos.

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Na opinião da Coordenadora do Conselho Tutelar de Indaial, Nádia Luana Reetz, os familiares da criança deveriam ser localizados antes da adoção ser

concretizada:

– Não sabemos em que circunstâncias essa criança foi deixada lá. A pessoa que fez isso necessita de atendimento. Além da mãe, esse bebê deve ter avós, tios e outros parentes biológicos.