A bebê que foi encontrada por um coletor de lixo em Porto União em agosto de 2019 foi adotada por uma família da cidade. Após o abandono, a bebê havia sido encaminhada ao Hospital São Braz, passou por exames médicos e, logo após, liberada para acolhimento.

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– Como se trata de criança recém-nascida, há bastante interesse – completa o juiz da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Porto União, Osvaldo Alves do Amaral.

A família aguardava em uma fila de espera e conseguiu a guarda da criança cerca de 20 dias após o nascimento dela. Como o caso corre em segredo de justiça, a reportagem não conseguiu contata-los, mas o juiz afirmou que a bebe está saudável e vive bem com a nova família.

– Passaram-se vários dias e não foram encontrados pais e mãe da bebê, por isso ela foi colocada em uma situação imediata de adoção. Como já havia pessoas habilitadas a isso, eles já aceitaram – destaca o juiz.

Osvaldo explica que, neste caso, por ser uma situação na qual os pais biológicos da criança são desconhecidos, não necessitou de ação prévia de destituição familiar, o que acaba facilitando o processo de adoção.

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– Nós também fazemos um acompanhamento após a adoção, mas é diferente de casos nos quais as crianças têm mais de quatros anos, por exemplo, e que necessitam de um acompanhamento quanto à adaptação. Nesse caso, fazemos um acompanhamento sobre as condições as quais ela vivencia agora, como higiene, ambiente, atenção familiar – acrescenta.

Até o momento, os pais biológicos da nenê não foram identificados pela polícia.

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Relembre o caso

Valmir Cruz, funcionário de uma empresa de coleta de lixo, encontrou a bebê recém-nascida dentro da lixeira de uma casa na manhã do dia 5 de agosto em Porto União, no Planalto Norte de Santa Catarina. Ele estava trabalhando quando foi retirar o lixo da casa.

Valmir trabalha na empresa que faz a coleta de lixo na cidade
Valmir trabalha na empresa que faz a coleta de lixo na cidade (Foto: arquivo pessoal)

Valmir pegou a menina e a levou até a casa da frente, onde pediu ajuda e conseguiu aquecê-la. No dia do ocorrido, a temperatura mínima em Porto União chegou a -1ºC durante a madrugada.

Segundo o comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar de União da Vitória, capitão Paulo Ricardo Galle, o coletor Valmir da Cruz foi esvaziar a lixeira na rua da Alegria, no bairro Vice King, quando percebeu que havia um pacote com um pouco de sangue na parte inferior.

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